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Paulo Neto
Na primeira reunião camarária do executivo liderado por Fernando Ruas, onde apenas parece ouvir-se “his master’s voice”, o presidente desculpou-se com os serviços técnicos para não proceder ao pedido de alteração do dia da semana em que as reuniões decorrem (quinta-feira), o que facilitaria a assiduidade de todos aqueles que não estão a tempo inteiro.
Na segunda reunião, perante a união e coesão da oposição socialista, quando questionado sobre a aprovação das peças de procedimento do Concurso da Empreitada Contínua de Pavimentação em Calçada cujo preço base ronda os 400.000 Euros, valor que está dividido em dois lotes: cerca de 200.000 para a Freguesia de Viseu; e 200.000 para as restantes 24 freguesias do Concelho, Fernando Ruas respondeu, perante tal e tão notória discrepância, ser assim por razões de ordem técnica.
João Azevedo questionou ainda o executivo do porquê do não exercício do direito de preferência de um Prédio Urbano, situado em Zona Especial de Proteção, dentro da Área de Reabilitação Urbana – Núcleo Histórico Central, pelo facto do valor da transação ser substancialmente inferior ao valor patrimonial, entre outras matérias presentes na informação. Ruas não soube responder e propôs retirar o assunto da Ordem de Trabalhos para análise mais cuidada e detalhada, tendo adiado, naturalmente a sua aprovação. Decerto irá consultar os técnicos ou fazer o trabalho de casa.
Questionado também sobre o ponto de situação da requalificação da EN 229 entre Viseu e a proximidade do Sátão, Ruas não tinha qualquer informação ou esclarecimento em relação a esta matéria. Terá que consultar os técnicos.
Fernando Ruas decerto não encontrou a casa como a deixou há 8 anos e andará ainda a “apalpar terreno”. O que é legítimo. Ainda assim, tem presente o seu número 2 que durante algum tempo foi o número 2 do anterior executivo e que, decerto, estará por dentro destas situações. Mas isso era se Ruas lhe desse a palavra. Entretanto, os “serviços técnicos, decerto com costas largas, vão servindo para justificar os engasgamentos.
Houve ainda uma atitude de congratulação dos vereadores da oposição pela emissão do parecer prévio para a Construção de Centro Ambulatório e Radioterapia do Centro Hospitalar Tondela – Viseu, uma das bandeiras da candidatura Unir Viseu.
Quem não deve ter apreciado terá sido o deputado Pedro Alves, o maior céptico do projecto, de tal forma extremado em suas posições que até quase parecia ser para ele um engulho a aprovação e concretização de tal desiderato.
O que, de todo, não acreditamos, pois Pedro Alves desejará o melhor para o território que o elegeu. Pena é nunca ter visto coroado de sucesso qualquer iniciativa, mesmo na legislatura maioritária do PSD/CDS (PàF). Se a teve…
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