Obscena a banca? Parte dela, provavelmente ou praticamente

Este maligno tumor, escândalo atrás de escândalo, vai ciclicamente gerando especialistas para substituir os anteriores “especialistas” em activos tóxicos, imparidades e toda a espécie de compadrios, amiguismos e fraudes recobertas com mantos de total opacidade.

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    • 22:21 | Quinta-feira, 14 de Maio de 2020
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    O maior cancro da sociedade portuguesa é a banca. Da banca privada como o BES à banca pública como a CGD, já todos os portugueses perceberam que longe vai o tempo em que os bancos eram assaltados por bandidos mascarados, passando-se à era dos assaltos pela banca, de rosto a descoberto, aos contribuintes nacionais.

    Décadas de administrações danosas e… corporativamente impunes a qualquer penalização (Oliveira e Costa e Armando Vara foram as excepções), na maioria da banca não se vendo tudo viu-se de tudo.

    Este maligno tumor, escândalo atrás de escândalo, vai ciclicamente gerando especialistas para substituir os anteriores “especialistas” em activos tóxicos, imparidades e toda a espécie de compadrios, amiguismos e fraudes recobertas com mantos de total opacidade.


    O Novo Banco, o banco bom, oriundo do banco mau, o BES, tem dado água pelas barbas a todos menos a políticos como, por exemplo, o mangualdense Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado dos Transportes do governo do PSD e do CDS-PP (PàF), que foi contratado a peso de ouro por Carlos Costa (BdP) para tratar da venda do Novo Banco, por curriculares provas dadas a privatizar tudo que bulia: TAP, CTT, ANA-Aeroportos, CP Carga, EMEF, Carris, Metros de Lisboa e do Porto, STCP… ao seu comprador e gestor da Lone Star Founds, John Grayken… aos seus CEO’s que ganham num ano o que um cidadão comum ganha numa vida (prémios de “boa gestão”! incluídos…), etc.

    A nova tranche de 850 milhões de euros (mais uma), as auditorias feitas (esta rapaziada farta-se de auditar e de ganhar…) as titúbeos de Centeno, os engasgamentos de Costa… continuam a evidenciar a malapata incessante, espécie de má sina virótica que alastra a quase todos quantos mexem na “porcaria”, com excepção dos já citados.

    O folhetim não tem epílogo à vista. A arqueologia de apuramento de responsabilidades, se foi seriamente feita, afogou-se nas conclusões a que terá chegado e no secretismo (quase de Estado) a que terá sido obrigada.

    Provavelmente, o potencial tóxico que ali estava envolveria  nomes tão sonantes da política, do mundo empresarial, do futebol… que se receou deitar fogo ao pagode.

    Paga Zé!

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    Publicado em Editorial