Martinho ou Morgado, quem manda na CIM Viseu Dão Lafões?

A pergunta será de fácil resposta: nem um nem outro. O primeiro, enquanto mero funcionário da casa vem de outros tempos. É herança. Reverencialmente, os “novos “ tempos quiseram respeitar os “velhos” tempos. É bonito. Por isso, os novos eleitos, maioritariamente “rosa” decidiram manter em funções o de cujus num lugar apetecível – até pela […]

  • 19:58 | Segunda-feira, 17 de Março de 2014
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A pergunta será de fácil resposta: nem um nem outro.
O primeiro, enquanto mero funcionário da casa vem de outros tempos. É herança. Reverencialmente, os “novos “ tempos quiseram respeitar os “velhos” tempos. É bonito. Por isso, os novos eleitos, maioritariamente “rosa” decidiram manter em funções o de cujus num lugar apetecível – até pela gorda remuneração usufruída – e nem sequer conseguiram impor um “colega” da cor. Boas práticas. Boa gestão. Os “rosa” gostam de dar o exemplo. Gostam?
Martinho é o guardião da chave do templo que abre o acesso a uma comunidade intermunicipal composta por 14 autarquias maioritariamente socialistas. Ele guarda os armários e a mobília.
Congemina o compadre Zacarias:
“Talvez o PS não queira ou não saiba mandar. Talvez o PS não tenha ninguém competente para o exercício daquelas funções. E entre “rosa” e “laranja”…!”
Por isso, parece haver um faz-de-contas que estão à frente da coisa. Mas não estão… Porém esquecem-se que houve quem lutasse renhidamente por esta eleição. Para os pôr lá. E que agora pergunta: “Cadêles?”
Parece haver um estranho vazio por detrás de alguns “figurantes” lá prantados.
José Morgado e Fernando Carneiro são os presidentes das câmaras de Vila Nova de Paiva e Castro Daire, respectivamente e o presidente e vice-presidente da CIM. São ambos socialistas. O terceiro, António Jesus, é o presidente da câmara de Tondela e secretário da instituição. É social-democrata
Será que os dois primeiros têm um papel análogo ao da rainha de Inglaterra? Figuras decorativas, a quem, meses volvidos após a sua suada eleição ainda não se ouviu uma palavra, não se vislumbrou uma ideia, não se anteviu uma decisão?
Que pensa a CIM sobre os novos quadros comunitários? Quais as macro-linhas da sua aplicação no território adstrito? Que opinião tem sobre a ligação ferroviária Aveiro- Salamanca? Que lhe sugere a via Viseu-Coimbra? E etc… Nada, ao que parece. Almeida Henriques pensa tudo e não deixa espaço, superando de uma penada a aparente mediania daqueles. Mas se calhar, para fazerem esta figura, tinham entregado a presidência da CIM a Almeida Henriques, ele que tanto a desejou. A vice-presidência a António Jesus, que ficaria em boas mãos. O secretariado a Alexandre Vaz, que desempenharia bem o seu papel. E o “laranjal” floresceria viçoso e sem “empatas”…
Assim, tudo teria mais nexo, seria mais curial e Martinho teria toda a legitimidade para mandar – se Almeida Henriques deixasse. Deste modo, manda apenas in absentia ou ausência dos eleitos. Volta à carga o compadre Zacarias, que hoje está impertinente:
“Se calhar não sabem, não querem, não os deixam ou não podem mandar…”
Será? Não acreditamos. José Morgado e Fernando Carneiro têm muito para dar… Um potencial enormíssimo. Vão ver, valerá a pena esperar que o descubram.
 
 
 

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