PSD lamenta falta de investimento na saúde mental

Guilherme Almeida, deputado do PSD eleito pelo Círculo Eleitoral de Viseu, denunciou que o Serviço Nacional de Saúde continua a falhar na resposta aos doentes de saúde mental e que, durante o último ano, os episódios relacionados com as doenças mentais “aumentaram para níveis preocupantes”.

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  • 11:02 | Sexta-feira, 28 de Outubro de 2022
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O Partido Social Democrata alertou, na passada semana, na Assembleia da República, para o estado em que se encontra a saúde mental em Portugal.

Guilherme Almeida, deputado do PSD eleito pelo Círculo Eleitoral de Viseu, denunciou que o Serviço Nacional de Saúde continua a falhar na resposta aos doentes de saúde mental e que, durante o último ano, os episódios relacionados com as doenças mentais “aumentaram para níveis preocupantes”.

O parlamentar social-democrata explicou que os tempos médios de espera por uma consulta agravaram-se, podendo, hoje, demorar até seis meses, como também 60% dos portugueses não têm acesso a cuidados de saúde mental.


Além disso, acrescentou que as emergências psiquiátricas, associadas a tentativas de suicídio, situações de violência sexual e morte traumática de familiares ou amigos aumentaram 156%, sendo que o consumo de calmantes, tranquilizantes e outros medicamentos psicotrópicos aumentaram 9,4%.

Nesse sentido, adiantou que as doenças do foro mental sofreram um agravamento durante a recente pandemia, “situação que é ainda mais dramática com a crise social e económica que o país vive atualmente”.

“Temos excelentes planos e leis modernas e progressivas, mas os planos não saem do papel e a legislação tem pouca correspondência com a realidade das pessoas e do próprio país”, adianta Guilherme Almeida. Segundo o parlamentar, um exemplo é o Plano Nacional de Saúde Mental, aprovado há mais de década e meia, mas que ainda permanece “largamente por implementar”.

O deputado receia, por isso, que esta proposta de lei do Governo pouco beneficie a acessibilidade dos doentes aos cuidados de saúde mental e pouco apoio preste aos seus cuidadores. “Mais do que palavras e promessas, a saúde mental precisa de atos”, refere.

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