Operação BÓREAS – 5 detidos em desmantelamento de rede de comércio ilegal de tabaco

Foram já apreendidos 3.300.000 cigarros, o que significa que caso esse tabaco tivesse sido introduzido no consumo, teria provocado uma diminuição das receitas do Estado num valor superior a 600 mil euros.

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  • 12:07 | Terça-feira, 21 de Julho de 2020
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A Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR está a desencadear, desde as 07h00 do dia de hoje, 21 de julho, sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, a Operação BÓREAS, dando cumprimento a diversos mandados de busca e de detenção, em várias localidades dos distritos de Braga, Lisboa e Setúbal, tendo resultado na detenção de cinco homens, com idades entre os 31 e os 63 anos, e na apreensão de mais de 3 milhões de cigarros.

A investigação, que decorre há mais de um ano, desenvolvida pelo Destacamento de Ação Fiscal (DAF) de Lisboa, identificou um esquema fraudulento, de dimensão transnacional, orientado para a introdução tabaco de contrabando em território nacional, sem o pagamento da prestação tributária devida em sede do Imposto Especial Sobre o Consumo de tabaco (IT) e do IVA.

A realização desta operação, que inclui o cumprimento de cinco mandados de detenção, 20 mandados de busca domiciliária, 21 mandados de busca em viaturas e 23 mandados de busca não domiciliária, visa o desmantelamento desta rede organizada e a apreensão de meios de prova que fundamentem os indícios da prática dos crimes de associação criminosa, contrabando qualificado, introdução fraudulenta no consumo qualificada, fraude qualificada e o crime de recetação de mercadoria objeto de crime aduaneiro.

Foram já apreendidos 3.300.000 cigarros, o que significa que caso esse tabaco tivesse sido introduzido no consumo, teria provocado uma diminuição das receitas do Estado num valor superior a 600 mil euros.


O tabaco, proveniente de contrabando ou introduzido fraudulentamente no consumo em território nacional, tinha proveniência extracomunitária, concretamente de Angola, e também de Espanha, destinando-se à comercialização, através de circuitos marginais, em estabelecimentos de restauração e bebidas da área de Lisboa e Vale do Tejo.

Para além de defraudar o Estado Português, o tabaco era produzido e comercializado sem o cumprimento das normas estipuladas pelas entidades reguladores e autoridades de saúde.

A Operação encontra-se a ser executada por 113 militares da UAF, com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).

 

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