O Centro Oncológico continua sem sair do papel, afirma o PSD Viseu

Saudamos, contudo, a iniciativa do Conselho de Administração pelo modelo desenvolvido, em que se pretende acoplar uma unidade de ambulatório que permite libertar o espaço ocupado pelos hospitais de dia, libertando espaço no edifício do hospital São Teotónio, melhorando as condições de acomodação dos doentes e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

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  • 7:17 | Quarta-feira, 30 de Junho de 2021
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Os deputados do PSD, eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu, reuniram pela segunda vez, no hiato de duas semanas, com o Conselho de Administração do CHTV para obter informação sobre o processo do centro oncológico. Depois de em fevereiro de 2020 a ministra da saúde ter abandonado o projeto anterior por questões técnicas e falta de recursos humanos qualificados e de, em dezembro do mesmo ano, a ministra da coesão ter afirmado, na prática, o seu contrário, anunciando existir financiamento disponível, havia que clarificar questões relevantes, a saber: – autor da iniciativa; valor do investimento; fontes de financiamento; garantia de aprovação; edificado vs equipamento; recursos humanos, unidade de radioterapia …

Fomos informados da existência de estudo prévio global, faltando ainda os projetos de especialidade, e da definição do modelo de funcionamento que já foram enviados para análise e avaliação das entidades competentes. Tratando-se de um processo de grande complexidade e rigor, espera-se que não haja atrasos sob pena de se perder oportunidade de beneficiar de fundos de coesão ainda por executar no POCentro, não tendo, contudo, qualquer garantia de aprovação imediata.

Mais nos informaram que este processo apenas se reporta à componente do edificado. As questões de equipamento (acelerador linear) e de recursos humanos qualificados são as que geram um grau maior de incerteza, não havendo, também, nenhuma garantia da parte do ministério da saúde quanto ao valor e fonte de financiamento do investimento, nem do IPO de Coimbra para a celebração de um protocolo de afiliação para formação e partilha de recursos humanos.

A nossa preocupação ganha ainda maior relevância quando percebemos que a vontade política do Governo é continuar a investir no IPO de Coimbra e não no centro oncológico de Viseu. Em abril passado, o IPO anunciou que recebeu o primeiro de dois aceleradores lineares (5,8 milhões) que aumentarão a produtividade e a qualidade de resposta nos tratamentos de radioterapia. Ao que acresce, em maio, a aprovação de 29 milhões de euros através de resolução do conselho de ministros para requalificação do edifício das cirurgias do IPO. Afinal em que ficamos? Se há condições para investir cerca de 35 milhões de euros no IPO para melhorar a resposta da radioterapia, por que não há garantias para investir 25 milhões no centro Oncológico de Viseu? Parece que continuam a brincar com a saúde dos viseenses. Viseu não é prioridade e há 6 anos que não há vontade política do Governo e do PS para que se concretize o centro oncológico em Viseu. Em suma, não há centro oncológico.


Este anúncio sabe a muito pouco pela incerteza que carrega e que apenas se compreende à luz do processo eleitoral em curso. Trata-se de mais um capítulo dos anúncios que virão em catadupa e é uma reedição do anúncio de 2017, mais polida e sem placa. Saudamos, contudo, a iniciativa do Conselho de Administração pelo modelo desenvolvido, em que se pretende acoplar uma unidade de ambulatório que permite libertar o espaço ocupado pelos hospitais de dia, libertando espaço no edifício do hospital São Teotónio, melhorando as condições de acomodação dos doentes e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

Os deputados do PSD

 

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