O ambiente urbano atual está cada vez mais densificado devido ao crescimento da construção e, simultaneamente, mais exposto a fenómenos climáticos extremos. Esta situação tornou o acesso a espaços verdes uma necessidade, uma vez que diversos estudos associam a sua presença a melhorias significativas na saúde física e mental da população.
Neste sentido, a falta de espaços verdes nas cidades está associada a problemas como o stress, a ansiedade e a obesidade. Por isso, como assinala o relatório “Influencia do ambiente urbano na saúde das pessoas”, realizado pelo Instituto BIOMA da Universidade de Navarra, em colaboração com a Sanitas – empresa ibérica de serviços de saúde que pertence à seguradora Bupa Portugal –, através da Cátedra Sanitas Saúde e Ambiente, aumentar em 30% a presença de árvores nas zonas urbanas poderia evitar mais de 2.600 mortes por ano na Europa.
Nesta perspetiva, os investigadores destacam os principais impactos positivos dos espaços verdes na saúde:
· Contribuem para a recuperação física e o repouso: as zonas verdes proporcionam um ambiente favorável à recuperação, oferecendo um espaço onde o corpo e a mente podem relaxar. A combinação de ar fresco, os sons próprios da natureza e a ausência de estímulos urbanos reduz a fadiga muscular e mental, promovendo um descanso de maior qualidade e uma recuperação mais eficiente.
· Estimulam a saúde cardiovascular: o acesso a espaços naturais favorece a adoção de hábitos saudáveis que beneficiam diretamente o sistema cardiovascular. A atividade física em ambiente exterior melhora a circulação sanguínea, reduzindo assim a presença de fatores de risco como a hipertensão arterial, os níveis elevados de colesterol ou os riscos associados à diabetes tipo 2.
· Reforçam o sistema imunitário e respiratório: a exposição contínua à biodiversidade presente nos parques e jardins urbanos aumenta a capacidade de defesa do organismo contra diversas patologias. A melhoria da qualidade do ar associada a estes espaços contribui para atenuar a exposição a poluentes que podem enfraquecer as defesas naturais e para reduzir a morbilidade e a mortalidade associadas a doenças respiratórias.
· Melhoram a qualidade do sono: a interação regular com ambientes verdes facilita a redução do stress e promove a atividade física – dois fatores fundamentais para um sono reparador. A combinação destes elementos ajuda a regular os ciclos de descanso, traduzindo-se numa melhor qualidade do sono e, consequentemente, num maior bem-estar geral.
· Reduzem a temperatura urbana: verificou-se que a presença de zonas verdes e de árvores nas ruas das cidades tem um efeito significativo na mitigação das “ilhas de calor” urbanas. De acordo com a documentação analisada para o estudo, nos parques a temperatura pode ser baixar até 3,5ºC, enquanto nas ruas arborizadas pode descer até 3,1ºC.
Além disso, a Sanitas, em consonância com o conceito One Health, promove, há dez anos, a iniciativa Cidades Saudáveis – um programa que combina a promoção de hábitos saudáveis com a reflorestação de espaços urbanos e naturais. O desafio proposto é caminhar 6.000 passos por dia durante dois meses e, graças a este compromisso, a empresa faz uma doação para plantar árvores em diferentes ambientes.
Além disso, o Healthy Cities adquiriu uma dimensão internacional e realiza-se atualmente em países onde a Bupa – empresa-mãe da Sanitas – está presente, como o México, o Equador e o Chile, entre outros.
Com o objetivo de continuar a transformar as cidades em espaços mais verdes, a Sanitas anunciou, pelo segundo ano, os prémios Sanitas Espaços Cidades Saudáveis, nos quais as câmaras municipais de toda a Espanha são convidadas a apresentar projetos de criação, melhoria ou conservação de espaços verdes, com vista à promoção do bem-estar social dos seus habitantes. O objetivo final é identificar e dar visibilidade a ações que contribuam para tornar as cidades mais verdes, mais habitáveis e mais saudáveis.
“A saúde e a sustentabilidade ambiental estão mais interligadas do que nunca. Na Sanitas, estamos conscientes deste facto e esperamos que estas iniciativas reflitam o potencial de colaboração entre os cidadãos, o setor privado e os governos para construir cidades mais saudáveis e mais resistentes”, conclui Catherine Cummings, Diretora de Sustentabilidade da Sanitas.