As Obras Sociais Viseu lançam a campanha do Mês Mundial de Alzheimer com um apelo para que #PergunteSobreDemencia

Embora a demência esteja a caminho de se tornar uma das principais causas de morte em Portugal, continua a ser mal compreendida. Pesquisas mostram que quatro em cada cinco pessoas — e dois terços dos profissionais de saúde — ainda acreditam, erradamente, que a demência é uma parte normal do envelhecimento.

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  • 17:11 | Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025
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Obras Sociais Viseu e Alzheimer’s Disease International (ADI) estão a iniciar o Mês Mundial do Alzheimer deste ano com uma mensagem simples: basta perguntar.

Embora a demência esteja a caminho de se tornar uma das principais causas de morte em Portugal, continua a ser mal compreendida. Pesquisas mostram que quatro em cada cinco pessoas — e dois terços dos profissionais de saúde — ainda acreditam, erradamente, que a demência é uma parte normal do envelhecimento. Essa ideia equivocada, somada ao estigma e ao silêncio, atrasa o diagnóstico e bloqueia o acesso a tratamento e apoio, deixando milhões de famílias em dificuldades.

Segundo José Carreira (Presidente das Obras Sociais Viseu), ano após ano, “apostamos em iniciativas de combate ao estigma que contribuam para a construção de uma Comunidade Amiga na Demência. Este ano é muito especial, concretizamos o sonho de uma década, abrimos as portas do Longevidade: Centro Para a Qualidade de Vida à comunidade. Vamos dar início ao projeto Viseu Comunidade Amiga na Demência, financiado pelo Portugal Inovação Social, que conta com o Município de Viseu e o BPI / La Caixa como parceiros. Estamos muito entusiasmados com o Espaço ID Memória Futura que, em parceria com a Associação Cultural Intruso, que oferecerá, no Fórum Viseu, uma agenda vasta de atividades: performances, exposições, colóquios, workshops…


Durante o mês de setembro, as Obras Sociais Viseu participam numa campanha global de consciencialização em Portugal com hashtags #PergunteSobreAlzheimer #PergunteSobreDemência, incentivando as pessoas a falarem mais abertamente, procurarem aconselhamento médico mais cedo e conhecerem os factos sobre a demência.

 

Não faz parte do envelhecimento normal

Embora não haja cura, a investigação mostra que até 45% dos casos podem ser atrasados ou prevenidos abordando os fatores de risco como o tabagismo, tensão alta, sedentarismo, má alimentação e isolamento social. Novas ferramentas de diagnóstico e tratamentos também estão a surgir, podendo atrasar a progressão se detetados precocemente.

Além dos cuidados médicos, apoio como reabilitação, design inclusivo, atividades sociais e descanso para cuidadores ajudam as pessoas com demência a permanecerem independentes e a manterem a qualidade de vida.

Um diagnóstico oportuno será mais facilmente alcançado, através da compreensão dos sinais de alerta da demência. Estar atento aos 10 sinais, incluindo perda de memória, dificuldade para realizar tarefas da vida diária, problemas de linguagem etc., pode levar as pessoas a conversar com o seu médico, um familiar ou amigo de confiança ou até mesmo contactar as nossas linhas de apoio: . +351 232 423 283 | +351 967 865 621| centroapoioalzheimerviseu@gmail.com

José Carreira recorda “a importância de se conhecer os sinais de alerta e os fatores de risco, associados à demência. Vamos apostar novamente em exposições como “SINAIS DE ALERTA – Alzheimer e outras Demências”, em parceria com o Município de Viseu e Workshops que informem quais os fatores de risco a ter em conta para a manutenção de um estilo de vida saudável.

Houve, ainda que lento, progresso na consciencialização sobre a demência, com esforços crescentes para aumentar a visibilidade da doença e melhorar a perceção entre a comunidade e os profissionais de saúde. Contudo, a demência continua, frequentemente, a ser uma condição temida. Desmistificar esses equívocos é fundamental para tornar as sociedades mais inclusivas para as pessoas que vivem com demência e seus cuidadores.

Uma mensagem para todos

Neste Mês Mundial de Alzheimer, as Obras Sociais Viseu e a ADI apelam a indivíduos, comunidades, profissionais de saúde / área social e governos para que tomem medidas. As conceções erradas e o estigma continuam a ser algumas das maiores barreiras ao diagnóstico, tratamento e cuidados oportunos. Ao fazer as perguntas certas, ouvir pessoas com experiência de vida e partilhar informações precisas, cada um de nós pode contribuir para a criação de sociedades mais solidárias e inclusivas, em relação à demência.

A mensagem é simples: não se calem!

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