We must remember this…

Não retive o nome da mulher que se imolou em plena instituição bancária, nem o nome desta, pouco importa, para apenas lembrar o que se passou oito anos atrás e que levou ao desespero uma mulher, mãe, para chamar a atenção da opinião pública sobre a sua situação e dos filhos.

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  • 11:59 | Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2021
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Dezoito de Fevereiro de dois mil e treze. O título da notícia e a data ficaram na memória: “Mulher imola-se pelo fogo num banco de Valência, Espanha, onde tentara renegociar a dívida.

Estávamos a 18 de Fevereiro de 2013, em plena crise monetária, com as pessoas a tentarem sobreviver face à pressão exercida para pagar a “dívida soberana” causada por atitudes de facilitismo das entidades bancárias e reguladoras do mercado, que induziram os cidadãos num endividamento sem controlo.

Não retive o nome da mulher que se imolou em plena instituição bancária, nem o nome desta, pouco importa, para apenas lembrar o que se passou oito anos atrás e que levou ao desespero uma mulher, mãe, para chamar a atenção da opinião pública sobre a sua situação e dos filhos.


Todos sabemos que os títulos podem ser enganadores, mas não é este o caso, se peca é por defeito e não por excesso.

Veio-me isto à ideia a propósito do alargamento das moratórias bancárias, para aliviar as famílias neste período de crise pandémica cujos sinais positivos se vislumbram, encorajadores, a dita luz ao fundo do túnel que alguns teimam em querer converter num sinal para avançar, desde já, num desconfinamento.

Os números publicados hoje não enganam, uma esmagadora maioria de portugueses (superior a 80%) tem a percepção de que medidas como a abertura das escolas devem ser adiadas mais 15 dias.

Em suma, os cidadãos, apesar da saturação com as regras do confinamento geral, não querem alinhar no populismo fútil e correr o risco de regredir, porque sabem que “para trás, mija a burra”…

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Publicado em Opinião