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Paulo Neto
Nos últimos dias, o líder do Chega, tem subido de tom nas invectivas a Rui Rio e nas ameaças ao PSD, a quem já não pede para ser mero parceiro, mas exige, sim, ser governo com ele a troco de pelo menos quatro ministérios: Administração Interna, Defesa, Justiça e Segurança Social, pois, segundo Ventura “o Chega quer governar Portugal.”
No Congresso de Coimbra – já perdemos a conta ao número de congressos do Chega em tão pouco tempo de existência – Ventura, referindo-se a Rio e às diferenças que existem entre eles, foi claro:
“Queremos critérios iguais e um Estado igual para todos e não só para os mamões de sempre”.
E do peito ancho, numa “narrativa” de chavões, saíram-lhe mais dois slogans de seguida: “Somos o novo sol de Portugal!” e “Somos os únicos!”
E volta a Rui Rio que agora parece ser o seu maior e pior adversário “Rui Rio é o servente do PS” e retoma a frase redondinha “O Chega foi verdadeiramente um milagre!” e ”Eu não vou trair esses milagre!” pois “Agradeço muito a Deus por me ter colocado a mim nesta posição”.
“Nós incomodamos porque tocamos onde ninguém toca. Rui Rio andava ali no Parlamento entre o necessário e o estadista…”
E com dedo acusador em riste deixa no ar a ameaça: “Não vamos pedir ao PSD para ser Governo. Os portugueses vão exigir que o Chega seja Governo”.
E quanto aos opositores, entre os quais, de momento, parece incluir o líder do PSD, deixa o conselho: “Para acabarem connosco têm de nos comer os ossos e nós nunca vamos permitir isso.”
Logo de saída volta ao bombo: “Rui Rio, muito mau líder do PSD, diz que devemos ser mais moderados. Mas nós não queremos ser mais moderados se mais moderados for ser o CDS 2.0 ou ser a muleta do PSD. Nós não nos vamos moderar”.
“Nós fizemos um milagre em Portugal e é um grande orgulho para mim ser o presidente deste milagre.”
Só a título de curiosidade, este “milagre” tem um “pai” político. Pode vê-lo no vídeo infra…
(Foto DR)
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