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Paulo Neto
No rescaldo do evento que ocorreu este fim de semana no Porto, juntando duas equipas inglesas e seus milhares de adeptos na disputa da Taça dos Campeões, as críticas são muitas e vindas de diversos quadrantes.
Pinto da Costa, o presidente do FCP, exorta António Costa a demitir Eduardo Cabrita, ministro da administração interna e João Paulo Rebelo, o secretário de estado do desporto. Acusa-os de incoerência e do uso de dois pesos e duas medidas no que toca à proibição de público no futebol português, perante o espectáculo e o precedente criado com os ingleses.
“Obviamente, demita-os! Se não conseguir demita-se a si…” é o recado deixado ao primeiro ministro.
Recorde-se que este evento teve a superior anuência do governo e da FPF. Lembre-se que os adeptos “viriam em bolha, assistiriam em bolha e partiriam em bolha”. Hoje sabemos que nada disso sucedeu, sendo a dita bolha um total fiasco. Um perfeito “inconseguimento”.
Culpa-se agora a PSP, que tem as costas largas e agiu com rigor, disciplina e decisão. Culpa-se Rui Moreira, o presidente da Câmara do Porto, que apenas serviu de anfitrião.
A ARS Norte, temendo agora as consequências, vem depois do “caldo entornado” requerer a máxima precaução e o recato de todos quantos estiveram em contacto com o banho de multidão. Pois sim…
João Paulo Rebelo, esse, sempre na ribalta por questionáveis motivos, todo se “ataranta” em explicações às tv’s, esquecendo de que quem muito tem de se explicar muito tem a se culpar. Mais umas argoladas para juntar às muitas anteriores. Soma e segue igual a si mesmo.
E é isto… uns cumprem e acatam, outros desrespeitam e desacatam, num país a dois tempos e várias vozes onde a incoerência é rainha e a “chico-espertice” princesa.
Quanto aos desacatos, ninguém ignora a reputação “hooliganesca” dos súbditos de sua majestade, deste tipo de súbditos, bestializados pela cegueira clubística, expressamente alcoolizados para a “party” e muito, muito mal comportados. Principalmente quando estão fora da ilha. Mas isso seria o menos. Dos sopapos entre eles trocados só se perderiam os caídos no chão. Mas se ao menos os dessem dentro da dita bolha…
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