Presidenciais e a área socialista democrática

O mandato em curso tem-se caracterizado por uma grande preocupação em não desagradar às diversas faixas do eleitorado.

  • 16:26 | Domingo, 09 de Fevereiro de 2020
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A eleição do próximo Presidente da República está a ser, justificadamente, motivo de preocupação. Os portugueses têm vindo a assistir a um enredo de péssima qualidade cujo centro é o tabu do Prof. Marcelo.
Claro que o senhor é recandidato!

Quer turvar o ambiente para manter afastadas outras candidaturas.

É a saúde ou falta dela, é a necessidade de ponderar, é porque é cedo… tudo serve para esconder a decisão e garantir o não aparecimento de alternativa


Não devemos esquecer que os que admitem votar no Professor Marcelo são menos que os que mostram agrado com o atual desempenho.

O mandato em curso tem-se caracterizado por uma grande preocupação em não desagradar às diversas faixas do eleitorado.

Na prática tem sido um mandato com a preocupação de se mostrar sempre alinhado com a agenda mediática. Tem sido uma presidência tablóide com o lema MRS – PRIMEIRO.

Aparecer em tudo, falar com e sem razões, garantir que os Portugueses todos os dias o viam não é sinónimo de um bom mandato.

Para mais já está em campanha, os encontros de Belém (com escritores, cientistas, jornalistas, desportistas, a que se seguem artistas) no fundo são campanha.

Verdadeiramente parece que estamos perante um mandato medíocre e que do Professor Marcelo se esperava mais.
Estar sempre pronto para aparecer quando há momentos de desgraça ou de euforia não acrescenta, antes banaliza.
Tudo faz para “tirar tempo” a outras candidaturas e retirar prioridade à emergência que são as eleições presidenciais.
A esquerda sabe que um segundo mandato deste presidente lhe será mais adverso.

O Professor Marcelo vai ser o cimento agregador da direita e para a servir não hesitará em usar tudo o que tiver à mão.
O facto de não haver Geringonça tira-lhe campo de exposição opositiva que compensará com agressividade institucional.

Estas são razões para que o Partido Socialista cumpra o dever de apoiar uma candidatura alternativa e garante de efetiva defesa do Interesse Nacional e do respeito pelos Portugueses.

Tudo junto leva à imprescindibilidade de uma candidatura alternativa à do Professor.

Uma candidatura que possa congregar toda a esquerda.

Sim, uma reedição da primeira eleição de Mário Soares. Obrigar a uma segunda volta e aí transformar essa candidatura na candidatura ganhadora.

Então muito poucos acreditavam na derrota do candidato da direita mas aconteceu.

Teremos talvez mais que um candidato com origem na “mesma família”. Será um desperdício de força, mas não será dramático (como em 1986 não foi).

Dramático será que a área socialista democrática não vá a jogo ou apoie quem parece invencível.

Agora é preciso saber responder ao desafio e apoiar quem faça realmente a diferença.

Acredito que deve ser alguém bem distinto do Professor.

Alguém que não tenha sido formatado no tempo da “outra senhora”.

Alguém que não esteja amarrado a interesses instalados.

Alguém que não seja um obcecado mediático.

Alguém que seja a voz dos que defendem mais justiça social.

Alguém que seja uma voz que se junta ao sentir profundo dos Portugueses e preocupado com os seus reais problemas.
Alguém sem receio de se assumir incómodo na defesa do comum.

Para maior diferença, alguém do género feminino

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