O povo, na sua sabedoria consubstanciada pelos séculos, diz que “Boda molhada é boda abençoada”.
O termo “boda” vai ao latim, na sua etimologia “vota” e significava “promessa”. Daí a sua utilização nos matrimónios e na festa que os sucedia, como sólido pacto ou juramento de promissora união..
Fazemos, pois, votos de que esta tomada de posse “molhada”, seja uma tomada de posse “abençoada”.
Hoje, João Azevedo e a sua equipa vão tomar posse para o quadriénio à frente da autarquia viseense.
Nesta tomada de posse há, para todos quantos votaram neste projeto, simbolicamente, a promessa de fazer mais e melhor do que o anterior executivo.
Democraticamente, os munícipes outorgaram-lhes confiança e o magno direito a serem os seus representantes para bem servir o concelho.
O autarca João Azevedo, com três eleições ganhas na cidade vizinha de Mangualde, provou, fruto da sua resiliência e labor, ser homem que, mais do que nomeações sem mérito, se entrega ao escrutínio popular. Com o inegável sucesso que a tantos incomoda.
Ganhou em Mangualde onde deixou a semente pródiga para os seus sucessores e ganhou na capital do distrito, num feito, para muitos, inimaginável ou até impossível.
Aconteceu. João Azevedo soube congregar uma equipa que gerou o substrato da sua vitória. Que soube implementar, num concelho de início hostil, as estratégias adequadas de proximidade e confiança com os eleitores.
Desde as eleições e até hoje, sem ainda ter tomado posse, os detratores, os surpreendidos, os ressabiados, os ressentidos, os desgostosos, os incomodados e… os atónitos, não se conseguindo refazer da estupefação, servem-se das redes sociais para balsar o incómodo, o fel, a raiva, o rancor e a cólera por tal ter acontecido. É a vida e é a democracia a funcionar. O povo é soberano quando vota e os seus desideratos eleitorais são para respeitar.
Ademais, os viseenses não são inimigos uns dos outros e decerto não se vão inimizar pela vitória de João Azevedo e a derrota de Fernando Ruas, pois não há aqui nenhuma dualidade entre o bem e o mal, o maniqueísmo que ainda tem fervorosos adeptos.
É, pois, hora de dar azo à “energia” prometida e ajuizar pelos resultados obtidos, não pelas iras injustificadas, radicalizadas e baseados não na razão, mas sim na emotividade do coração.
Evidentemente que os viseenses saberão dilucidar todos os truques e jogos de sacristia e todas as políticas do cochicho gizadas e obstativas da ação, não dos seus democráticos oponentes, mas sim dos seus “figadais inimigos políticos”.
Parabéns ao Nuno Bico pela conquista da Junta de Freguesia de Viseu, outro reduto “inacessível”… e a todos os outros presidentes de juntas de freguesia, sem exceção.