É o que parece do cômputo geral de tudo quanto se passa na área de acção que Ana Paula Martins deveria tutelar com eficácia, competência e diligência.
A cada dia que passa se acumulam as sucessões de urgências encerradas um pouco por todo o país. A cada dia que passa aumenta o número de parturientes a ver seus filhos nascerem dentro das ambulâncias e até nos passeios de rua ou à porta de maternidades encerradas.
Controvérsias com helicópteros e concursos, com possíveis fraudes no INEM, com saída do presidente do INEM, com substituições de siglas (INEM para ANEM), no aumento de cirurgias em stand by – a área oncológica tem 7.500 em espera, etc. Enfim, um ror de “inconseguimentos”…
É difícil fazer pior no ministério que era a bandeira eleitoral de Montenegro. Montenegro que se revê em absoluto na política desta ministra e que parece cego, surdo e mudo a todas as polémicas que semanalmente surgem em volta dela.
Polémicas que desacreditam o SNS. Provavelmente um dos anseios deste governo, fiel à máxima: Diabolizar para privatizar.
E tal começa a ver-se com a sucessão gradual de parcerias público-privadas por esta tutela já protocoladas.
Já tivemos ministros da Saúde que ficaram para a história como seus “coveiros”, no governo de Passos Coelho, por exemplo. O tempo nos clarificará como ficará Ana Paula Martins a ser conhecida nos anais do SNS. Decerto que não pela positiva. Só ignoramos o alcance e extensão da negativa…