Desigualdades

No meio de toda a trapalhada que o vírus instalou na sociedade ressaltam as desigualdades sociais.

Tópico(s) Artigo

  • 22:07 | Quinta-feira, 09 de Abril de 2020
  • Ler em 2 minutos

Pessoa chegada dizia há uns dias “tínhamos uma vida boa e não sabíamos”.

Esta é uma das muitas apreciações qe se ouvem ao par de constatações outras que nos devem sobressaltar

No meio de toda a trapalhada que o vírus instalou na sociedade ressaltam as desigualdades sociais.


Tínhamos, temos uma sociedade tremendamente desigual o que é gerador de enormes tensões de equilíbrios frágeis.

As desigualdades até na situação de emergência se manifestam e até se acentuam.

Desigualdade no trabalho, os que têm teletrabalho versus os que têm que continuar expostos.

Os perdem parte ou a totalidade do salário e os que mantêm o seu valor.

Os que mantêm o emprego, os que estão em lay off e os que perderam o emprego.

Desigualdade na habitação, os que não têm casa perante os que a têm.

Os que vivem em apartamentos e os que vivem em moradias.

Os que puderam mudar-se para uma segunda habitação mais longe (?) do contágio e todos os outros.

Os que vivem em casas sobrelotadas e os que vivem em mansões.

Desigualdade na educação em que, sem aulas presenciais, uns continuam o seu processo educativo e outros não.

As crianças que têm computador e net podem manter o contacto com os seus professores ao contrário das que não têm tais meios.

As crianças com pais capazes de dar apoio e as que cujos pais não têm tal aptidão.

As exigências da situação são desiguais, mais fáceis de ultrapassar para os que têm meios informáticos e os sabem usar no teletrabalho, compras à distância, etc.

Os que são infoexcluídos ou não têm computadores têm uma vida mais complicada com o confinamento.

O desgaste social, económico, psicológico de estar obrigado a ficar em casa é desigual para as diversas pessoas envolvidas e é tremendo.

Na China há um surto de pedidos de divórcio pós quarentena.

Os riscos de aumento da violência doméstica são enormes.

O clamor e os temores dos que terão os seus rendimentos reduzidos ou até evaporados, dos que se vêem ou verão no desemprego não podem ser ignorados.

Já agora as reivindicações dos que se dão conta do seu papel e importância na vida do país para a qual são imprescindíveis vão ser uma terão que ser devidamente enquadradas.

As respostas que devem ser dadas têm que ser efetivas e capazes de manter os níveis de ansiedade e de vida nos patamares do digno e suportável.

O desespero leva a actos extremos e o que precisamos é de serenidade. Esta exige que se mantenham mínimos de vida e de estabilidade familiar.

Enfim, Pão e Habitação não devem faltar.

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por