Como aprender a viver com os nossos mortos…

No fundo, a morte é o maior segredo da vida, porque ninguém sabe quando vai chegar a sua hora de partir, ainda que muitos, por força das circunstâncias, consigam prever esse momento, antevendo que o seu fim está próximo.

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  • 12:39 | Domingo, 21 de Novembro de 2021
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Não pensamos muito na morte, mas o facto é que ninguém sai vivo deste mundo.

A morte é, porventura, a situação mais difícil com que um ser humano tem de lidar. Na verdade, diz-se em jeito de brincadeira que há solução para tudo menos para a morte.

No fundo, a morte é o maior segredo da vida, porque ninguém sabe quando vai chegar a sua hora de partir, ainda que muitos, por força das circunstâncias, consigam prever esse momento, antevendo que o seu fim está próximo.


A morte de um filho é a mais dura de todas as dores, por ser contranatura, por se tratar de uma inversão brutal da ordem da vida.

A morte de uma mãe e de um pai são igualmente das mais duras de ultrapassar, pois, são os pilares da nossa existência e formação.

Depois de ser perder alguém de que tanto gostávamos, como vamos ter força para prosseguir?

Esta é a questão de mais difícil resposta, porque cada um enfrenta a dor à sua maneira. Cada um é que sabe o peso certo do fardo que passou a carregar desde o momento da perda.

Mas os mortos morrem para sempre?

Claro que não, as pessoas que amamos nunca morrem verdadeiramente, enquanto nos lembrarmos delas. Quantas vezes não estamos a falar com alguém e nos lembramos de uma expressão muito usada por quem já partiu ou damos por nós a pensar como agiria a minha mãe quando confrontada com determinada situação.

Os mortos têm um dia para ser lembrados, mas as mortos que amamos são lembrados quase diariamente por cada um de nós, em pensamento, num choro ou num doce e apaziguado sorriso, de quem com o tempo aprendeu a aceitar a sua partida.

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Publicado em Opinião