A vocação

A minha professora da primária, a Dona Leonor Requeijo, que ainda hoje me chama “a minha Menina”, pedia-me que eu ajudasse aqueles que estavam um pouco mais atrasados.

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  • 9:57 | Quinta-feira, 10 de Abril de 2025
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Tenho uma vaga ideia do meu primeiro dia na escola primária, lembro-me muito bem dos tempos que o antecederam em que a minha mãe me ensinou a escrever o meu nome, o alfabeto e a contar e a escrever até 100.

Esta tarefa passou a ser das irmãs mais velhas para as mais novas e assemelhava-se a um ritual de iniciação em que todos sabiam qual era o seu papel.

Lembro-me de quando cheguei à escola com a minha bata branca impecavelmente limpa e passada a ferro, com a minha mala da escola que comprámos na menina Dolores em Moimenta, da lousa, dos lápis de pedra, de pau e de cera e dos cadernos e livros novos prontos a receberem os conhecimentos de que estava ávida.


 

A minha professora da primária, a Dona Leonor Requeijo, que ainda hoje me chama “a minha Menina”, pedia-me que eu ajudasse aqueles que estavam um pouco mais atrasados.

Acho que foi aí que eu descobri a minha vocação de professora.

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