O PSD, num processo há muito ruminado e seguindo a luz do seu faroleiro de outrora, Passos Coelho, já tendo abraçado o CDS-PP, dado tímidos abraços à IL, acabou por entregar o fraterno peito ao Chega.
Nada de admirar, pois bem sabemos que grande parte dos apoiantes, militantes e deputados do Chega são trânsfugas despeitados do partido laranja, a exemplo do próprio líder Ventura.
Luís Montenegro ouviu da boca do seu companheiro de outrora, André Ventura, o que Maomé não disse do toucinho. Todos os epítetos lhe foram dirigidos com desfaçatez, sobranceria, grosseria e má-educação. Em crescendo com o caso da “Spinumviva”…
Luís Montenegro retirou de todo este acintoso ataque o célebre “não é não”.
Agora, ao provar com factos que não com palavras que o “não é afinal sim”, Montenegro veio dizer aos portugueses e aos militantes de bem do seu partido, que a sua palavra não tem valor algum e que a sua dignidade vale cascas de tremoço.
A lei da nacionalidade foi o presente que o PSD deu ao Chega. Veremos o que o Tribunal Constitucional tem a dizer, mas diga o que disser, o que se viu no parlamento foi claramente elucidativo de um primeiro-ministro a reboque da extrema-direita demagógica e populista, numa união que já se tinha adivinhado quando em Espanha, ao lado de Feijóo, “deu a mão” a Abascal, o gémeo de Ventura e talvez de Hugo Soares, o maquinador na sombra destas soezes alianças.
Doravante, será igual votar no PSD ou no Chega, talvez mais legítimo e às claras seja o voto neste último, de todos os saudosistas portuguesas ultramontanos inconformados com o 25 de Abril.