A Cultura deste governo é a do karaoke?

Balseiro Lopes pode ser um portento, um génio polifacetado, deter uma incrível capacidade de, num estalar de dedos, se dotar dos conhecimentos necessários para ser a cabeça da Cultura em Portugal e a nossa embaixatriz cultural no estrangeiro. Não duvidamos, há génios assim.

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  • 18:54 | Quarta-feira, 04 de Junho de 2025
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Mais parece ao nomear para este novo Governo Margarida Balseira Lopes para ministra da Cultura, que fica como uma espécie de vereadora de muitos pelouros, quando o da Juventude, na nossa óptica, seria o único para o qual não estaria desadequada.

Academicamente tem uma licenciatura em Direito e um mestrado em Direito e Gestão. Muito bem.

Na preciosa Wikipédia, que consultámos para nos informarmos do percurso político da nova ministra da Cultura, ficámos a saber:


Percurso Político

Presidente da Associação de estudantes da Escola Secundária Acácio Calazans Duarte;
Vogal da Direção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa;
Tesoureira da Direção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa;
Tesoureira da Direção da Associação Europeia de Estudantes de Direito da Faculdade de Direito de Lisboa – ELSA FDL;
Representante dos estudantes no Conselho Académico da Faculdade de Direito de Lisboa;
Presidente da Comissão Política da JSD/Marinha Grande;
Presidente de Mesa do Plenário de Militantes do PPD-PSD Marinha Grande;
Presidente da Comissão Política Distrital de Leiria da JSD;
Presidente da Comissão Política Nacional da JSD;
Deputada da Assembleia da República (XIII Legislatura e XIV Legislatura).
Atualmente desempenha as seguintes funções:

Membro da Assembleia Municipal da Marinha Grande;
Membro do Conselho Geral do Instituto Francisco Sá Carneiro;
Presidente de Mesa do Conselho Distrital de Leiria da JSD.
Vice-Presidente do PSD.”

Balseiro Lopes pode ser um portento, um génio polifacetado, deter uma incrível capacidade de, num estalar de dedos, se dotar dos conhecimentos necessários para ser a cabeça da Cultura em Portugal e a nossa embaixatriz cultural no estrangeiro. Não duvidamos, há génios assim.

Porém, o que este XXV Governo Constitucional denota, neste contexto, é que a Cultura passa a ser a irmã pobre do Desporto e da Juventude, que a Cultura é algo despiciendo para Luís Montenegro, ele próprio mais dado a cantarolar a duo com músicos popularuchos do que a evidenciar mais do que uma cultura  de verniz, “prêt-à-porter”, plastificada, do tipo “para quem é bacalhau serve”…

Dalila Rodrigues, com um CV brilhante na área foi preterida. Terá causado alguns incómodos e gerado algumas controvérsias. Em suma, não terá mostrado a docilidade carreirista e/ou a experiência política desde a Jota que a agora nomeada apresenta.

Começar assim mais um ciclo governativo não auspicia nada de bom, de positivo, de confiante…

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Publicado em Opinião