CAPÍTULO LIV
Primeiro, a dúvida – será um anúncio publicitário do género “OMO lava mais branco”? Não, não é! Uma cerimónia de primeira comunhão ou profissão de fé? Também não …! Uma nova diaconisa da paróquia? Quase, mas não …!
Apenas um Protocolo no altar do Senhor. Assim algo copiado dos “vendilhões do templo” …
Salgueiro Maia diria – “o estado a que isto chegou”. O 25 de Abril devolveu-nos a Liberdade, mas há regras para a decência. Sem elas, a subversão do regime.
A senhora tornou-se uma “habituée” dos lugares de culto da nossa região e acredito que frequentou a catequese, onde terá ouvido algumas passagens bíblicas, por exemplo, de um apóstolo chamado Mateus 6:3-4 – “No Sermão da Montanha, Jesus disse: Mas quando deres esmola, a tua mão esquerda não saiba o que fez a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e o pai, que vê o que é secreto, te recompensará”. Certamente, se esqueceu.
Cenas gastas, chocantes, intoleráveis em qualquer instituição democrática, num Estado laico ou mesmo em qualquer agremiação religiosa que se preze e seja séria. Os protocolos assinam-se, cumprem-se, não se ridicularizam.
Ainda mais, a senhora presidente não está a dar nada que seja dela, mas nosso. Pela moral e pela honra, tenho o direito de exigir: EM MEU NOME, NÃO!
Se sou chamado a contribuir, amiúdes vezes acontece, quer o faça ou não, nunca alguém me viu acenar com presunção, apesar de dar o que é meu!
Em Democracia, as instituições políticas são laicas. O Estado é laico. Pode auxiliar, apoiar, participar, mas nunca subjugar ou fazê-lo em seu proveito.
Por andar agora em constantes rodopios, a nova arauto da água não tem tempo para refletir nas perguntas que não respondeu, mas faria igual se o mesmo lhe sobrasse.
Ter-se-á convertido, não pela água que bebemos, mas como colecionadora de frascos com água benta das pias batismais dos templos em que se desdobra em práticas democraticamente grosseiras, diria mesmo, satânicas. Ninguém melhor que a incontornável figura, Diácono Remédios, para enviar um alerta – “não havia necessidade!”. Mas quando a larica aperta, não há limites para a heresia …
Outras alturas, surge nas vestes de Rainha Dona Leonor, divulgando parangonas das centenas de milhares de euros que serão pagos ao longo de décadas, algemando, cada vez mais, as finanças municipais, já reféns de um futuro integralmente comprometido de espalhafatosos compromissos com que pretende enganar tolos.
Mas por mais “tournées” que a senhora presidente faça, nunca conseguirá juntar as competências que não conseguiu nos últimos 16 anos, que quase totalmente cumpriu em lugares de decisão do município de Tondela. Assim estamos.
Deixemos as regras à interpretação dos fariseus! …
(CONTINUA)