Vocações tardias

    Noticiava um órgão de comunicação social: “Presidente da câmara de Viseu leu conto de Mia Couto a crianças”. A notícia é relevante. Faz agenda. Mostra bons sentimentos. Instinto paternal aguçado. Aposta na leitura e no futuro. Assinalou assim o Dia Mundial do Livro. Na Biblioteca Municipal de Viseu, a ler um conto a […]

  • 13:27 | Quarta-feira, 23 de Abril de 2014
  • Ler em < 1

 

 

Noticiava um órgão de comunicação social: “Presidente da câmara de Viseu leu conto de Mia Couto a crianças”.


A notícia é relevante. Faz agenda. Mostra bons sentimentos. Instinto paternal aguçado. Aposta na leitura e no futuro.

Assinalou assim o Dia Mundial do Livro. Na Biblioteca Municipal de Viseu, a ler um conto a crianças do 1º ciclo. Enternecedor.

Ah, o conto chama-se “O Gato e o escuro” e “Mia Couto é um autor da predilecção de Almeida Henriques” por um motivo qualquer, provavelmente tirado da wikipédia do Google, escreve o jornalista atento.

Nós julgávamos que o seu autor predilecto era Aquilino Ribeiro…

Até foi buscar um título de uma obra dele, “Terras do Demo” para a sua coluna das terças-feiras no CM.

E era natural que sendo beirão, havendo tanta e tal identidade e afinidade electiva, se lembrasse, por exemplo de “Arca de Noé – III Classe” ou “O Livro de Marianinha”, ou “O Romance da Raposa”…

Sempre era um escritor com estátua na terra, por ele muito gabado…

Foi Mia Couto. Muito bem. Grande nome da lusofonia. É moçambicano. É dos nossos. Dos da “diáspora lusitana” como diria um ex-colega de AH, o inefável Soares Marques.

Da próxima, se for por sorteio como os “audis”, pode ser que calhe o Tintin.

É belga, como agora o Fernando Ruas…

 

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial