Viseu – Uma cidade à beira mato

    Gostamos tanto de Viseu que a escolhemos para viver há 32 anos. Gostamos pouco que nos façam passar por parvos. E isso tem sido o papel de um grupo (?) de “fazedores de imagem” que o Executivo camarário pôs ao seu serviço para vender a imagem de uma Alice no País das Maravilhas […]

  • 14:46 | Quinta-feira, 21 de Julho de 2016
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Gostamos tanto de Viseu que a escolhemos para viver há 32 anos.
Gostamos pouco que nos façam passar por parvos. E isso tem sido o papel de um grupo (?) de “fazedores de imagem” que o Executivo camarário pôs ao seu serviço para vender a imagem de uma Alice no País das Maravilhas que, infelizmente, não corresponde à realidade.
Os slogans são chavões. Os chavões podem enganar alguns incautos mas não ludibriam os mais atentos.
Por isso, e porque mais que as palavras as imagens falam por si, basta deambular um pouco pela cidade e sua envolvência para desmoronarmos o logro que nos querem servir de gulosa sobremesa.
Seríamos injustos se não falássemos das floridas e bem tratadas rotundas e até de alguns espaços mais centralmente visíveis da cidade onde labuta um enxame de jardineiros. Ou seja, a “parada” a luzir.
Para lá da parada, o lixo amontoa-se tempo demasiado e, onde os olhos menos poisam, o “mato” é uma realidade. Silvedos, erva maninha, tojais dentro do perímetro urbano são a negação absoluta de todos os rótulos positivos que, à viva força, lhe querem colar.
Os problemas da cidade são mais abrangentes e profundos e estão à vista de quase todos. Claro está, daqueles que não vivem em cómodos gabinetes cercados de um formigueiro de “chega-me isso”.
Também não é com placas à grosa semeadas em dia de vendaval que a coisa se resolve. Isso é mais uma forma de poluição criado por um qualquer “vereador das palaquetas”.
Em suma, aliado à falta de um fio condutor bem estruturado e delineado, deparamos com uma desordenada lixeira que, em alguns casos só não é estrumeira porque os porcos fugiram do chiqueiro…  incoerência estratégica, ausência de objectivos definidos, sua monitorização quotidiana.
Mais grave é eventualmente podermos pensar que este executivo se está “borrifando” nos munícipes, a quem dá festa e vinho, quando essa noção de qualidade de vida é tão acessória como substantiva deveria ser a higiene visual de uma cidade que se quer, por mãos ambiciosas de seus autarcas, Património da Humanidade, sem curar, somente, dos mais básicos e elementares princípios de limpeza, até e porque o lixo… é coisa para porcos, feios e maus. Não para os viseenses.
Temos mais duas centenas de fotos à disposição da CMV e UFV. É só pedirem com bons modos… que nós, pedagógica e graciosamente, mostramos e ensinamos, com power point e tudo.
E a desculpa de que algumas das fotografias não são de terrenos públicos, senhores autarcas, não colhe, pois há medidas para tratar do assunto, como muito bem sabem… (ou deviam saber).
E já agora, limpem a muralha Afonsina, junto à Fonte de S. Francisco, das suas vetustas e imerecidas barbas…
(a continuar)
Fotos PN
 

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Publicado em Editorial