Vamos todos ajudar o professor Diamantino (2)

  Conforme tínhamos prometido, no exercício pleno da nossa cidadania interventiva (isto cheira-me a pleonasmo), muito louvando o denodo, o empenhamento e competência do senhor professor Diamantino, digno presidente da Junta de Viseu, iremos acrescentando alguns apontamentos que deverão ser entendidos na sua dimensão adjuvante do esforço da instituição, que na singularidade de um só […]

  • 16:32 | Quarta-feira, 24 de Junho de 2015
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Conforme tínhamos prometido, no exercício pleno da nossa cidadania interventiva (isto cheira-me a pleonasmo), muito louvando o denodo, o empenhamento e competência do senhor professor Diamantino, digno presidente da Junta de Viseu, iremos acrescentando alguns apontamentos que deverão ser entendidos na sua dimensão adjuvante do esforço da instituição, que na singularidade de um só presidente e vastidão territorial, não tendo o dom da ubiquidade, como o nosso afável Santo António,  não pode estar em todo o lado. E assim sendo, não adianta exigirmos àquele que da missão fez lema e divisa, mais esforço dedicado, pois o humanamente impossível não é, de todo, almejável.
Após a sua cruzada contra os canídeos “mal-educados” e seus donos “desigienizados” terem sido advertidos com vários e temíveis pontos de exclamação de andarem a estragar os jardins das nossas crianças, após ter enchido os “sanecams” com os sacos plásticos integrantes (será ou só para o ano?), apenas lhe faltará mesmo a fiscalização de canídeos e felídeos vadios que, por natural ignorância não leram os bonitos e finos cartazes e, ademais, não têm competência humana para usufruto das instalações sanitárias públicas, claro, apenas quando de porta finalmente aberta.
 
O professor Diamantino é um fino esteta. E não apreciará chegar à varanda de sua casa e deparar com uma selva amazónica, poluidora, nociva à saúde pública e onde as crianças não possam brincar. Normal, não?
Talvez por isso e no respeito por essa percepção, os proprietários dos terrenos circundantes não deixem aí crescer nem relva, nem tojo, nem silva.
 
Porém, 40 metros a jusante, os moradores — desprestigiados no seu anonimato — não têm idêntica sorte…
 
Mais 20 metros, às espaldas, é muito aprazível o jardim envolvente. Nunca ousaríamos pensar que há alguma relação com o facto de aí, a montante, residir um ex-presidente da autarquia.
Porém, aqui… não morou nem mora edil.
 
Independentemente do facto de os terrenos serem públicos ou privados, o senhor presidente da distinta Junta há-de encontrar o vagar e a engenharia normativa de criar postura, em colaboração com seu “chefe” Almeida Henriques e seu sapiente “staff”, de obviar a situações deste teor que muito ensombram o desiderato da candidatura de Viseu a Cidade Património da Humanidade.
Ciente das dificuldades que o senhor professor Diamantino encontra no seu quotidiano, vamos, se nos permitir, dar-lhe muitas mais sugestões. Queremos Viver Viseu…
Ousamos até iniciar uma petição pública para reparar o assento do escorrega da Radial de Santiago, que tem privado muitas crianças do pleno desfrute daquele jardim. Da nossa parte, e na expressão plena da total solidariedade enquanto munícipe, contem com 10 Euros. Do Rua Direita podem contar com 5. E se ainda não chegar, por favor, peçam mais…
 
Nota: a foto da capa é uma de entre as centenas em nossa posse.

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