The Day After – Azias & Espumante

Muitos estarão hoje de ressaca pelos festejos dos resultados de ontem: PàF, Seguristas, BE, CDU, PAN Outros com grande azia: PàF, Seguristas, Costistas, Marinho Pinto e mais alguns…   Os 38% dos portugueses que se identificam com a política destes últimos 4 anos estão radiantes. Os restantes sessenta e tal por cento estão expectantes. Foi bom governar com maioria e aprovar […]

  • 12:00 | Segunda-feira, 05 de Outubro de 2015
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Muitos estarão hoje de ressaca pelos festejos dos resultados de ontem:
PàF, Seguristas, BE, CDU, PAN
Outros com grande azia:
PàF, Seguristas, Costistas, Marinho Pinto e mais alguns…
 
Os 38% dos portugueses que se identificam com a política destes últimos 4 anos estão radiantes. Os restantes sessenta e tal por cento estão expectantes. Foi bom governar com maioria e aprovar as maiores enormidades de que há memória nos últimos 40 anos. Vai ser difícil governar com estabilidade assente na mesma postura/visão arrogante, prepotente, de espoliação dos mais fracos, destruição do estado social e venda a retalho do país.
O BE e a CDU não viabilizam um governo PàF. O PS também não o deverá viabilizar. O que fica? Um não-governo, que, ou muda 180º de agulha ou não consegue passar uma única medida “à la PàF”.
O povo deu-lhe a vitória e tirou-lhe deputados. Agora que arregace as mangas e mostre o que vale. O povo não deu a vitória ao PS mas aumentou-lhe o número de eleitos. Idem para o BE. Idem para a CDU.
Os seguristas, adjuvantes da derrota do PS, querem sangue. Talvez só tenham água chilra, pois não são alternativa a nada.
Catarina Martins e as irmãs Mortágua mostraram o que valiam e conquistaram o apoio do eleitorado que se afastou do voto rosa. Também a CDU, embora em menor quantidade.
O PàF vai ter uma tarefa árdua. Tem a seu lado Cavaco Silva. Teve a seu lado a comunicação social. Teve a seu lado os patrões de Portugal e uma igreja subsídio-dependente. Vai ter que contar com eles e vai ter que cumprir as milhentas promessas feitas em “remake” pouco credível — embora a mentira surtisse efeito em 38% do eleitorado.
A coligação, em Viseu, elegeu 6 deputados. Um CDS e 5 PSD. Cometeu a façanha de eleger uma ex-presidente de câmara arguida em processos-crime. Provavelmente terá agora imunidade parlamentar… Mas o PàF ganhou em todos os concelhos do distrito de Viseu. E isso é admirável, provando uma vez mais a matriz ideológica de um distrito laranja.
Mas provou muito mais: que António Borges é uma aberração política, foi uma nulidade na escolha dos candidatos, não conseguiu sequer uma vitória nos concelhos que tinham candidatos nas listas e… pasme-se! perdeu no próprio concelho de Resende onde foi presidente da câmara até mais não poder e se mantém como presidente da Assembleia Municipal.
António Borges é um paraquedista caído na Federação do PS Viseu, com o único intuito de se garantir politicamente um futuro (?), servir os interesses divisionistas das facções locais e exercer uma mesquinha política de revanchismo para impor o rebotalho que ninguém quis. Incompetência é o mínimo que se pode invocar… mas tirou do desemprego dois portugueses: ele próprio e o número três da lista. E aqui houve mérito. Agora está na hora do PS Viseu ter o denodo que muito lhe tem faltado e correr com ele, mandando-o definitivamente para Gaia ou lá onde o homenzinho mora e aproveitar o ensejo para limpar a casa que ele deixou com muito lixo acumulado.
Terá o PS Viseu coragem?
Os próximos dias vão ser muito interessantes em matéria política. A quem irá Coelho pedir primeiro, de mão estendida?

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Publicado em Editorial