Que saudades dos Metralhas…!

  Cada dia que passa mais um véu cai e desvenda outra calamidade da saga bancária lusitana. Os custos pelos portugueses suportados com o BPN e o BPP deveriam ser a prova irrefutável de que neste sector existem antros das mais escabrosas e despudoradas trauliteirices. Agora, este novo caso, ainda a cozer lentamente, em banho-maria, começa a deixar […]

  • 14:15 | Terça-feira, 15 de Julho de 2014
  • Ler em 2 minutos

 

Cada dia que passa mais um véu cai e desvenda outra calamidade da saga bancária lusitana.

Os custos pelos portugueses suportados com o BPN e o BPP deveriam ser a prova irrefutável de que neste sector existem antros das mais escabrosas e despudoradas trauliteirices.


Agora, este novo caso, ainda a cozer lentamente, em banho-maria, começa a deixar refluir do ebuliente caldeirão a calda fervente geradora da maléfica expectativa do “mais-do-mesmo” por que já passámos e passamos… Um “remake” de filme de horror?

Toda esta cambada, chafurdando num elitista sibaritismo de tão faustoso, amoral, é, porém, imune a tudo o que pratica e de tudo fica impune. Só assim se explica e compreende esta fatal e sistemática recorrência.

O Banco de Portugal, entidade reguladora da “coisa” devia ter alguma vergonha na cara. As mordomias e salários usufruídos pela “malta” permitiriam conjecturar que, no mínimo, cumpririam as suas funções com diligência, competência, argúcia, inquestionável licitude e transparência. Mas, pelos vistos, como aconteceu com Vítor Constâncio – e a história, infelizmente, parece repetir-se – o actual governador  vê o óbvio e actua quando o processo, na sua inexorabilidade vai em estado, não de composição, sim de pútrida e adiantada decomposição.

E afinal, de quanto é o buraco? Quem o vai suportar? Factos concretos?

Se o Banco de Portugal serve apenas e quase só para actualizar a “lista negra” das centenas de milhares de incumpridores, na maioria dos casos, gente que o é por ter perdido o emprego, por não suportar os crescentes impostos, por não aguentar os saques salariais, por já não ter ânimo e saúde para lutar, se o Banco de Portugal só serve fundamentalmente para isso, para esse trabalho penalizador e massacrante de atribuição do ónus, então em que lista vai pôr esta “Família”?

Atitudes deste teor padronizam incúria e negligência? O que estão afinal os “reguladores” a fazer? Porque não agem na e em função da profilaxia do problema? Serão parte do problema? Não sabem? Não querem? Não os deixam? Não têm meios, humanos e materiais? A sua actuação exigia uma profunda e insuspeita auditoria… a bem da confiança nele depositada.

Depois da casa roubada trancas à porta. Mas isso sabe-o o Ti Manel da Regaleira que não é Governador do Banco de Portugal.

E ainda aparece por aí uma corja de papagaios-cúmplices a gabar muito a sua eficácia. Olha se fosse ineficaz…!

 

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial