Outra praga sobre o Norte

Mais, a ser descoberto o foco propagador da infecção, que já matou 8 cidadãos, essa fonte, seja ela qual for, deveria responder por incúria e homicídio, mesmo se não premeditado.

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  • 12:12 | Sábado, 14 de Novembro de 2020
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No Norte do país há 76 infectados e 8 mortes, vítimas da legionella. Este é o balanço às 00H00 de hoje, dia 14 de Novembro, nomeadamente nos concelhos de Vila do Conde, Matosinhos e Póvoa do Varzim.

Também chamada de doença do legionário é provocada pela legionella, uma bactéria patogénica, e assume uma forma muito grave de pneumonia que pode ser fatal.

Esta infecção contrai-se em regra a partir da água e torres de arrefecimento fabris. Existe maior risco em homens adultos já portadores de factores acessórios como alcoolismo, diabetes, imunodeficiência, tabagismo…


A presidente da Câmara de Vila do Conde roga auxílio ao governo. Diz que tem 5 técnicos para 80 mil habitantes. O governo tarda a dar o auxílio requerido. As análises são morosas, afirma. Pois, e a morte é célere…

Primeiro, o ministério do Ambiente deveria ter destacado de imediato as necessárias equipas técnicas para o local. Todas as fontes de abastecimento hídrico deveriam já ter sido testadas com prioridade absoluta. Todas as empresas com torres de arrefecimento, e lembramos que na zona de Matosinhos há muitas, deveriam ser imediatamente testadas.

Mais, a ser descoberto o foco propagador da infecção, que já matou 8 cidadãos, essa fonte, seja ela qual for, deveria responder por incúria e homicídio, mesmo se não premeditado.

O Norte de Portugal com a maior taxa de infectados da Península Ibérica pela Covid19 e uma das maiores da Europa, território de gente laboriosa, não merecia agora ainda mais esta praga. E estas pragas surgem e propagam-se, aqui e no mundo, por negligência humana essencialmente ligada a uma ganância desmedida, ao desrespeito pelo outro e ao mais básico incumprimento das regras sanitárias que todos deveriam taxativamente cumprir.

Neste caso pontual e geograficamente localizado, há que apurar urgentemente quem propaga o mal e depois saber porque não evitou essa propagação. De seguida, sentar os responsáveis no banco dos réus e requerer indemnizações para as vítimas e familiares dos falecidos, assim como coimas suficientemente elevadas para os prevaricadores perceberem que lhes sai mais barato o cumprimento das boas normas e o exemplar exercício assíduo e atempado de toda a limpeza e/ou desinfecção dos elementos difusores do vírus.

 

 

 

 

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