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Paulo Neto
Trump, o recém derrotado nas eleições para a presidência dos Estados Unidos da América, na sua brutal cegueira egocêntrica e levando ao paroxismo os disfuncionamentos psicóticos que há muito caracterizavam o seu agir, recusa-se a sair da Casa Branca.
Fundamenta esta jamais vista atitude numa sonhada megaburla eleitoral, que não consegue provar e a qual consiste, segundo ele, os seus pompeos, giulianis e crias, na cabala onírica de que todos os Estados onde perdeu foram objecto de fraude. Tendo aqueles onde ganhou sido objecto do maior discernimento, de votantes e das equipas de contagem.
O transtorno de personalidade de Trump evidenciou-se cedo e no uso generalizado da mentira para aproveitamento pessoal, em seguida, tornou-se evidente nos crónicos atritos que quotidianamente gerou com a sua própria “entourage” política e até com os jornalistas. Fazendo birras, demitindo aqueles que no dia anterior eram “os melhores e mais competentes”, não aceitando nem admitindo quaisquer posturas que não fossem de abjecta subserviência.
Absolutamente inculto, negou todos os pareceres científicos dados pelos mais reputados investigadores na área do surto epidemiológico Covid 19. Com a sua incúria, adjuvou a propagação do vírus que já fez 240 mil vítimas mortais, um genocídio. Recusou lutar pela preservação do planeta. Baniu e anulou compromissos com organizações internacionais. Destruiu a já débil credibilidade diplomática internacional do seu país. Instaurou a grosseria e a má criação como discurso oficial made in USA. Não pagou os milhões de impostos que devia ter pago e como paga cada cidadão norte-americano. Destruiu o Obama Care. Quis em vão criar o muro xenófobo a separar da fronteira com o México. Tornou-se amigo de peito de King Jing Un e Putin, Bolsanaro e Boris. Exacerbou os ódios raciais e apoiou as milícias armadas da extrema direita… o rol é infindável.
Agora, recusando a realidade adversa, enquanto joga golfe com os ainda “amigos” que lhe restam, espera ser retirado à força da casa onde morou durante quatro anos.
A insanidade no seu pico máximo a provar à saciedade que a América do Norte esteve durante quatro anos nas mãos de um louco e que, enquanto primeira potência militar, teve o mundo sujeito à sua psicoptia.
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