O que está afinal por trás da cobertura do Mercado 2 de Maio?

Assim sendo e fazendo plena fé nestas declarações, o “mal-amado” projecto foi objecto de reconfiguração posterior ao original e por solicitação do executivo de Fernando Ruas. Há um projecto de alteração feito pelo arquitecto signatário. Porque não foi tido em conta?

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  • 19:33 | Segunda-feira, 08 de Fevereiro de 2021
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Hoje, um leitor da Rua Direita, alertou-nos para um texto postado numa rede social pela arquitecta Rita Aguiar Rodrigues, filha da reputada museóloga Dalila Rodrigues, acerca da cobertura do Mercado 2 de Maio, em Viseu.

Por ele, publicamente, ficámos a saber que a signatária, em conversa com o autor do projecto, o mundialmente consagrado arquitecto Siza Vieira, em 2015, aquando do lançamento do concurso camarário para a requalificação daquele espaço, apurou o seguinte e citamos:

“A configuração actual da praça não corresponde exactamente ao projecto original. (…) as alterações apareceram no decorrer da construção;


O anterior executivo camarário pediu ao Siza Vieira um projecto de alterações com vista à resolução de algumas fragilidades, entre elas a tal questão da cobertura, ou falta dela. O que é feito deste projecto?

Em 2015, o actual executivo da CMV não tinha informado / consultado os autores do projecto sobre a abertura do concurso ou sobre qualquer tipo de alterações a executar.”

Assim sendo e fazendo plena fé nestas declarações, o “mal-amado” projecto foi objecto de reconfiguração posterior ao original e por solicitação do executivo de Fernando Ruas. Há um projecto de alteração feito pelo arquitecto signatário. Porque não foi tido em conta?

Porquê então um novo projecto? Quanto custou? Como conciliar o novo com o existente sem a anuência do seu primicial autor? Esta obra que quase parece as capelas imperfeitas da Batalha, quanto vai custar ao erário público? Para já 4,3 milhões de euros + IVA. Depois, se verá…

A poucos meses de eleições, haverá legitimidade por parte de Almeida Henriques de abrir concursos para “obras faraónicas” às quais poderá eventualmente não dar continuidade, se não for eleito, deixando a “batata quente” em mãos de vindouros que com elas nada têm a ver?

Aliás, é sabido que as finanças camarárias, fruto de uma perdulária gestão, não estão de boa saúde. Assim e por mais esse motivo, sabendo que não tem dinheiro para executar essas obras, porque estes concursos e adjudicações?

Lembramos a Viseu Arena, o Vissaium XXI, esta da Mercado, sem falar nos silos auto que uma empresa espanhola para aqui virá furar a troco da concessão dos espaços de estacionamento público por 30 anos, e etc.

Em quase 8 anos de mandato nada se viu. Agora, a sete meses do fim do mandato, vem aí tudo em catadupa. No mínimo é estranho, não acham?

Provavelmente vai iniciar tudo em Setembro deste ano, no mês em que decorrerão as eleições autárquicas…

Neste momento e acerca da alteração do projecto em causa já há cidadãos a preconizar um abaixo assinado de protesto e repúdio contra tal “atentado”.

Vamos a ele?

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