O abismo do Mal…

  Ouve-se um silêncio imoral no mundo civilizado. A destruição de Nimroud e das esculturas pré-islâmicas de Mossul é um dos mais cegos, fanáticos e brutais atentados culturais dos últimos séculos – excepção das duas GG. O património mundial empobrece-se irreversível e desmesuradamente. Esta tentativa de recuo fundamentalista às mais recônditas e negras trevas da […]

  • 13:46 | Domingo, 08 de Março de 2015
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Ouve-se um silêncio imoral no mundo civilizado. A destruição de Nimroud e das esculturas pré-islâmicas de Mossul é um dos mais cegos, fanáticos e brutais atentados culturais dos últimos séculos – excepção das duas GG.
O património mundial empobrece-se irreversível e desmesuradamente. Esta tentativa de recuo fundamentalista às mais recônditas e negras trevas da ignorância, nem no homem das cavernas tem eco, pois as pinturas rupestres são já uma sua primicial expressão artística.
Porque quer o estado islâmico destruir os vestígios preciosos de um passado glorioso? Para renascer das cinzas, como Phénix? Símbolo de força, imortalidade e renascimento?
A força do terror, a imortalidade das suas atrocidades epigrafadas a perene sangue e o nascer de novo como a besta de Apocalipse?
Que mundo se criou? De que profundezas do mal emergem estas forças?
Que intolerante fanatismo os impele?
Onde chegarão, se a humanidade permanecer impávida?
Agora propõem-se destruir as pirâmides do Egipto… E quando, enfim, chegarem às nossas portas, ainda fingiremos que não existem?
 

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Publicado em Editorial