Ir ver o mar…

    Com o folhetim Coelho em banho Maria e enquanto um ex-primeiro ministro detido troca mimos com um primo ministro em liberdade, vai-se perdendo a paciência para este chorrilho chocarreiro de ditotes de comadres. Ora fala o nu ora o esfarrapado para, no fundo, percebermos que nesta matéria a sorte não está com os […]

  • 19:27 | Sábado, 07 de Março de 2015
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Com o folhetim Coelho em banho Maria e enquanto um ex-primeiro ministro detido troca mimos com um primo ministro em liberdade, vai-se perdendo a paciência para este chorrilho chocarreiro de ditotes de comadres.
Ora fala o nu ora o esfarrapado para, no fundo, percebermos que nesta matéria a sorte não está com os portugueses. Uns são acusados de corruptos outros de calaceiros caloteiros.
Lá fora, por Franças & Araganças vai um gozo. É cada manchete…
 
Com o sol a raiar apetece espairecer. Dei uma volta por Viseu muito desamparada na sua quietude domingueira.
Fui até Aveiro – de vez em quando lembro-me que sou cagaréu e afilhado de S. Gonçalinho…
O Rossio fervilhava de gente. Imensos turistas. Maioritariamente jovens casais espanhóis. A praça das Palmeiras estava cheia. O cais dos Botirões regurgitava. Os restaurantes, os bares, as esplanadas faziam negócio… Os moliceiros sulcavam a ria com uma tripulação de gente bem-disposta.
Rumo à Barra e à Costa Nova. O mesmo cenário. Muita gente a passear. Mareantes a ousar a praia. Movimento. Atracção. Animação. Uma dinâmica vitalista.
Voltei a Viseu a rilhar o dente porque pago mais em portagens do que o meu económico carro gasta em gasóleo.
Isto de passeios ao domingo, mesmo com a “sandes no taparuér” e a garrafita de água, é coisa só para empreiteiros e políticos.
Um entardecer tão calmo e ameno como a manhã. Eu sei. Falta-nos o mar. E de ria temos o Pavia que é pobrinho, humilde mas gaio.
Não chega…
 

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Publicado em Editorial