“O português é uma língua de gueto”

  Uma boa notícia: foi nomeada uma mulher vice-reitora da secular e prestigiada Universidade da Sorbonne, em Paris. É portuguesa, de Barcelos, chama-se Isabelle Oliveira e tem 38 anos. Na sua tomada de posse criticou o governo português ao referir: “Portugal tem descuidado a promoção do ensino da língua portuguesa no mundo, descuido este que […]

  • 11:13 | Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2015
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Uma boa notícia: foi nomeada uma mulher vice-reitora da secular e prestigiada Universidade da Sorbonne, em Paris. É portuguesa, de Barcelos, chama-se Isabelle Oliveira e tem 38 anos.
Na sua tomada de posse criticou o governo português ao referir: “Portugal tem descuidado a promoção do ensino da língua portuguesa no mundo, descuido este que é sentido na indolência que a nova diáspora portuguesa tem sentido por parte do nosso país.” Segundo Isabelle Oliveira, os mais de 2 milhões de falantes de português em França mereceriam outra atenção e “a nova onda de emigração é mais qualificada mas acaba por cair em situações de grande precariedade.” acrescentando “muitos dos novos emigrantes portugueses acabam como clandestinos numa Europa onde todos os cidadãos, aparentemente, têm os mesmos direitos” e conclui “A língua portuguesa continua a ser maltratada e isso vê-se quando em 15 anos o recrutamento de professores para leccionar o português, em França, caiu 82%, sendo desrespeitados os acordos bilaterais com a França. O português é uma língua de gueto.”
Pelos vistos e ouvido, esta vice-reitora não tem papas na língua e chama os bois pelo nome.
 
Uma má notícia: para a semana os combustíveis vão aumentar novamente. A malta do costume continua a saquear… os portugueses do costume.
E dizem que há uma entidade reguladora. De quê? Uns comissários políticos a acenarem a cauda ao assobio do dono…
 
Uma notícia polémica: Juncker que é Presidente da Comissão Europeia dixit: “A troika pecou contra a dignidade dos portugueses” e acrescentou “falta legitimidade democrática à troika”.
Lembramos que Juncker foi presidente do Eurogrupo e estas suas declarações, apesar de bem-vindas, vêm um pouco a desoras.
Mas ainda diz mais: “Não critico os funcionários, mas não se coloca um alto funcionário perante um primeiro-ministro ou um ministro. Há que colocar frente a eles um comissário ou um ministro sob a autoridade do presidente do Eurogrupo“.
Claro que logo se ergueu “o coro dos eunucos” bradando na sua voz de castrati a loa que Maomé não entoou ao toucinho…
De facto, é sempre “chato” sermos desmascarados por quem manda na Europa e provar-se à evidência que a política de híper austeridade pregada por Coelho & Portas a mando de anónimos mangas-de-alpaca, foi excessiva, desmesurada, muito lesiva e absurdamente despropositada.
Eles bem guincham seu histerismo, mas a voz de Jean-Claude Juncker ecoa mais alto. Até nas duras críticas que tece a Barroso, saído assim, pela porta dos fundos…
 
(Fotos DR)
 
 

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Publicado em Editorial