Ó pá, uma pipa, um tonel ou uma dorna?

  Constrangedor o esforço “pedagógico” de Teresa Caeiro, ontem, num frente-a-frente televisivo, a explicar que a nova contribuição de sustentabilidade que os aposentados e funcionários públicos vão pagar é muito melhor que a contribuição extraordinária de solidariedade. E que o aumento de 1% no ADSE só traz vantagens por ser um grande sub-sistema, muito lato. […]

  • 10:36 | Quinta-feira, 31 de Julho de 2014
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Constrangedor o esforço “pedagógico” de Teresa Caeiro, ontem, num frente-a-frente televisivo, a explicar que a nova contribuição de sustentabilidade que os aposentados e funcionários públicos vão pagar é muito melhor que a contribuição extraordinária de solidariedade. E que o aumento de 1% no ADSE só traz vantagens por ser um grande sub-sistema, muito lato. Lata tem a senhora para vir, com ar maternalista, passar atestados de imbecilidade que são a imagem de quem os emite. Mas o da lambreta, o Mota Soares veio sossegar o povo: “A CS, que substitui a CES não se vai aplicar a privados. O problema da sustentabilidade é nos sistemas públicos.”

Aqui está uma boa dupla, Caeiro e Mota Soares, para os portugueses recordarem quando forem votar, nas próximas legislativas. O CDS-PP tenta passar pelos pingos da “morrinha” sem se molhar ,mas são co-responsáveis de todas as medidas políticas deste governo. Quem o esquecer merece todos os impostos que lhe sirvam em bandeja, enfeitada de demagogia populista democrata-cristã, no final de cada mês…


Teresa Caeiro, ontem, meteu os pés pelas mãos e as mãos pelos pés num exercício de contorcionismo digno de Houdini. E quando afirmava que era tudo temporário mas não sabia até quando, a senhora meteu dó… Ó Teresa, a vida também é temporária. A morte é que é uma chatice! Mas enfim, convenhamos, esta gentinha é paga para isto, paga para justificar o injustificável, paga para passar os portugueses por parvos, paga para fazerem o milagre da dialéctica retorcida: Estamos a roubar-te mas é para teu bem… Uma coisa do estilo Zé do Telhado, mas esse roubava aos ricos para dar aos pobres, estes roubam aos pobres para dar aos ricos.

Cada vez mais, uma náusea incontrolável fica connosco depois de ouvir estes “vendilhões do templo”. Uma náusea que esperamos tenha poucos meses mais de existência e que, ao menos, as malfeitorias desta gente tragam uma exemplar moral futura.

Ontem ainda, foi penoso ouvir Dupont et Dupond, Durão Barroso o fugitivo que quer voltar (vai ficar desempregado…), anafado e luzidio, chocarreiro e grosseiro, a dizer para Passos Coelho, escorregadio e untuoso, que vinha aí “Uma pipa de massa para Portugal!”. Certo! Os portugueses gostam de tinto, de fado e de futebol. E uma pipa sempre é maior que um garrafão. Mais, têm fé nos 26 mil milhões que vão chegar. Aqui na região há empresários disfarçados de políticos e políticos disfarçados de empresários que até criaram associações para ver se chegavam a administrar parte do pacote. Até foram, em luzida embaixada diplomática, oferecer seus meritórios préstimos para o efeito ao secretário de Estado adjunto da Economia, Leonardo Mathias. Lembram-se? Esta malta não consegue disfarçar a cupidez e quer ter a “garra na massa”… Há sempre uns amigos para contemplar, quando não são eles próprios os putativos candidatos, por força dos seus investimentos salvíficos da economia local.

Há que andar de olho neles e nas associações de fachada que multiplicam como coelhos…
 

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Publicado em Editorial