Ó Costa, é agora?

  Estaria na altura de António Costa mostrar aos portugueses mais alguma coisa para além da estratégia – inteligente mas insuficiente – de deixar aos adversários o ónus da asneira, do descrédito e da descida nas sondagens eleitorais. A polémica medida de interditar a circulação a carros anteriores a 2000 em diversas zonas de Lisboa […]

  • 16:04 | Sábado, 14 de Fevereiro de 2015
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Estaria na altura de António Costa mostrar aos portugueses mais alguma coisa para além da estratégia – inteligente mas insuficiente – de deixar aos adversários o ónus da asneira, do descrédito e da descida nas sondagens eleitorais.
A polémica medida de interditar a circulação a carros anteriores a 2000 em diversas zonas de Lisboa tem algum mérito ecológico, mas é de resultados demagógicos e lesiva de centenas de milhares de munícipes e outros que não têm dinheiro para renovar o seu meio de transporte, se bem que um velho “chaço”, o único possível perante o ISV gargantuesco a onerar a compra de um veículo novo, agravado ainda pela brutal queda do poder de compra. Tenho a ideia de que o português médio não circula em “pré-clássicos” por gosto, prazer e nostalgia…
Depois vem o desajuste escusado das águas e taxas de saneamento, com valores a disparar para aumentos de 150% em alguns casos. Se fosse com a Paula da Cruz já estaríamos a falar de maléficas “cabalas” da tenebrosa oposição…
Quase dá para perguntar se António Costa quer empenhar a anteriori a sua candidatura a 1º ministro de Portugal…
Esta estranha autoconfiança e excessiva desvalorização do potencial de “habilidades”, marketing falacioso e ilusionismos de última hora praticados pelos aficionados de Coelho & Portas, podem trazer muitas surpresas.
Enquanto Coelho, com as suas trauliteirices habituais, vai mostrando a cada dia que passa um cínico sorriso novo – se bem que postiço – a crescer todos os dias à medida que encurtam os meses para as legislativas, António Costa vai-se “engasgando” na Câmara de Lisboa secundado por um executivo desorientado que não vai pagar nas urnas pelas tropelias cometidas, e atrasando-se em romper de vez com a autarquia para se dedicar em “full time” às funções de secretário-geral do partido que para tal o elegeu, começando a fazer o necessário trabalho de casa que prove, sem falhas e aos portugueses, que está ali o líder e a exequível alternativa ao desgastado modelo “em vigor…
 
 
(Foto DR in https://imageshack.com/f/j0dsc02324xrj)
 
 

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Publicado em Editorial