Náusea colectiva

    Não sei se o “Die Welt” é um jornal fidedigno. Alemão, é de certeza. Faz manchete com a notícia de que a “nossa Maria” rogou ao homólogo alemão para não ceder às solicitações gregas. A ser verdade – o que a Maria nega – revela um traço de carácter interessante (ou será interesseiro?), […]

  • 18:40 | Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015
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Não sei se o “Die Welt” é um jornal fidedigno. Alemão, é de certeza. Faz manchete com a notícia de que a “nossa Maria” rogou ao homólogo alemão para não ceder às solicitações gregas. A ser verdade – o que a Maria nega – revela um traço de carácter interessante (ou será interesseiro?), mas muito pouco dignificante.
A questão básica e já aqui abordada é que todo o facilitismo do Eurogrupo perante a Grécia põe a nu a subserviência e o servilismo de Coelho&Portas perante a Alemanha e a verdadeira face dos patrões desta mefistofélica dupla, ou tripla… cada vez mais nauseante.
 
Ainda vindas da Alemanha, outras notícias. Desta feita um documentário de Harald Schumann, intitulado “A Troika: Poder sem Controlo” onde são feitas revelações escaldantes sobre as verdadeiras motivações deste “bando”.
Harald  é jornalista, um consagrado e respeitado escritor com vários best sellers e com nome feito na investigação “pura e dura”. É surpreendente, o resultado final… Desde as muitas ilegalidades cometidas pelos mais altos “capi”do Eurogrupo, como Thomas Weiser, presidente do seu grupo de trabalho, que admitiu sem pejo nem remorso ter agido fora ”do quadro legislativo da União Europeia” (perceba-se o atenuante eufemismo), até a situações de chantagem exercidas por Paul Thompson (o dinamarquês chefe do FMI) sobre Manitakis, ex-ministro grego da Reforma Administrativa ou sobre Katseli, ex -ministra do Trabalho grega, com provas mostradas de emails recebidos, chantageando para alterar propostas de leis governamentais que eram indesejadas pela Troika.
No fundo, sendo ao que parece uma inquestionada verdade a ser passada em filme por toda a Alemanha, estamos perante um inqualificável agir de gangue mafioso, autorizado e de elevado coturno.
Mete nojo, não mete? Mas pelos vistos, não a todos os portugueses. Há quem não sinta repulsa alguma…
 

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Publicado em Editorial