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  O governo Coelho-Portas não tem apenas vendido aos privados todos os sectores mais emblemáticos da economia portuguesa, tem vindo a alienar o património imobiliário e histórico possível, não se detendo também na escalada tributária, e ainda agora mais “escalou” com a falácia da fiscalidade Verde do Moreira, que já todos sentimos quando vamos abastecer […]

  • 12:52 | Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2015
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O governo Coelho-Portas não tem apenas vendido aos privados todos os sectores mais emblemáticos da economia portuguesa, tem vindo a alienar o património imobiliário e histórico possível, não se detendo também na escalada tributária, e ainda agora mais “escalou” com a falácia da fiscalidade Verde do Moreira, que já todos sentimos quando vamos abastecer o carro ou quando vamos às compras e temos que pagar os sacos plásticos a 10 cêntimos (só esta rábula encaixa na lura sem fundo do erário mais 40 milhões de euros).
Como se tal não bastasse, “eliminou” durante 2014 perto de 19 mil funcionários públicos, degradando de forma abissal a qualidade e a celeridade dos serviços prestados aos utentes.
É também por isso que hoje, dia 17 de Fevereiro, o Hospital de Santo António, no Porto, entrou em sobrelotação com as urgências a abarrotar de doentes e as macas a fazerem bicha nos corredores. Ou seja, está sem capacidade de resposta. É que a Saúde não depende só de médicos e enfermeiros… Nem os outros sectores…
Mas mais e pior se perspectiva com a já em marcha acelerada municipalização da Educação, da Segurança Social e da Saúde.
Por cada professor dispensado a autarquia recebe 13.500€ e, a seguir, no lugar do mérito sempre pode colocar um afilhado da cor. Os colégios privados a receberem dotações de centenas de milhões de euros do governo agradecem.
A Segurança Social remete serviços para as autarquias e, não tarda, em consórcio, para as seguradoras privadas, cuja associação nacional (ANS) já esfrega as mãos de satisfação.
A Saúde verá extintas as suas ARS (administrações regionais), competindo às câmaras a sua absorção (limitada) e a adaptação a novas prestações de serviços. Os hospitais e as clínicas privadas rejubilam e crescem como caruma em bosque frondoso…
Não tarda, nos avisos “trafulhados” de concurso, um dos itens será a filiação no partido x.
Ou seja, cada vez mais perto da alienação total, da imoralidade, dos monopólios e do caos, a questão que se impõe é:
Para quê pagarmos impostos se não temos serviços? Para cevar a vara dos políticos e engordar o bando dos privados?
Bem adestrado e comportado, Coelho, o mais subserviente dos p-m’s da zona Euro, é o menino bonito de fraülein Merkel e fraü Schaüble. Porque será?
Em Outubro deve ir pedir-lhes os votos, não aos portugueses que traiu e espoliou de quase todos os seus bens.
No entreacto, Portas foi ao Papa (que de tolo nada tem) pedir a bênção, na política de sacristia empreendida, que será a sua única salvação nas zonas rurais mais interiores, envelhecidas e beatas de Portugal.
 
(Foto DR)

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Publicado em Editorial