A democracia não vem em contentores, como as armas…

    A Líbia é um país do norte de África. Situada na região do Magrebe, faz fronteira com a Tunísia, a Argélia, o Níger, o Chade, o Sudão, o Egipto e o Mediterrâneo. É o 17º maior país do mundo. O petróleo é responsável por 30% do PIB e 95% das exportações. Foi governada […]

  • 10:37 | Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015
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A Líbia é um país do norte de África. Situada na região do Magrebe, faz fronteira com a Tunísia, a Argélia, o Níger, o Chade, o Sudão, o Egipto e o Mediterrâneo. É o 17º maior país do mundo. O petróleo é responsável por 30% do PIB e 95% das exportações. Foi governada pelo coronel Khadafi de 1969 a 2011. A guerra civil deflagrada nesse ano teve intervenção militar internacional liderada pela OTAN. Sua capital é Trípoli.
O Iraque faz fronteira com o Irão, com a Turquia, a Síria, a Jordânia, a Arábia Saudita, o Kuwait e o Golfo Pérsico. Desde 1979 que foi governado por Saddam Hussein até seu derrube em 2003, por uma coligação liderada pelos EUA. A retirada dos americanos em 2011 veio gerar uma guerra civil. Em 2014 o EI impôs a sua força alastrada à Síria. Bagdad é a maior cidade e capital. O Iraque possui a 2ª maior reserva de petróleo do mundo.
Depois de derrubados os ditadores que governavam com tirânica mão-de-ferro emergiu uma inaudita escalada de violência quando a cândida Europa esperava o desabrochar de democracias…
Surgiram por toda a parte bandos incontroláveis de terroristas actuando em nome do EI. Conhecemos as consequências.
Hoje mesmo, em Washington há uma cimeira com 60 países, entre eles 14 do Médio Oriente, para definir uma política comum e eficaz (?) de guerra ao terror. O terror que está no terreno…
Obama é criticado por 57% de inquiridos numa sondagem sobre a ineficácia da acção na Síria contra o Estado Islâmico. 47% sendo a favor do envio imediato de tropas para combates terrestres. A História a repetir-se…
Em consequência e por seu turno, o êxodo da África para a Europa tornou-se irreversível a partir principalmente da Síria. A Suécia e a Alemanha receberam 35 mil sírios em 2013. Uma gota de água. A Suécia recebeu mais 81 mil refugiados em 2014… Outra gota de água porque na Síria há 10 milhões de habitantes que abandonaram as suas casas estando 1,2 milhões a viver em campos de refugiados. Entretanto, a Itália alerta que os jihadistas estão já no sul de Roma, com 200 mil migrantes oriundos da costa Líbia…
Fala-se na criação urgente de um sistema europeu de quotas para acolhimento de refugiados, em função da população, do PIB e outros factores.
Se estes países fossem pobres como o Sudão não teriam sido alvo de tanta cobiça e acção/partilha/intervenção internacional, pois não?
Durante décadas as suas populações foram esmagadas pela garra das mais despóticas ditaduras. Criaram-se ódios irreprimíveis, geraram-se bestialidades inimagináveis, soltaram-se os piores e mais monstruosos seres da história da humanidade. Esperavam agora democratas a lutar pelos Direitos Humanos? Têm um imenso caldeirão de onde refluem ebulientes e imparáveis iras.
Os países ricos da Europa e os EUA nunca foram inocentes na génese e suporte destes conflitos. Na maioria dos casos foram os seus ocultos mentores. O ouro negro gera muitas cobiças…
E agora?
 
(Fotos DR)

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Publicado em Editorial