Infelizes e desgraçados…

Nesta guerra civil socialista que assolou o país como a chuva que cai de norte a sul, até esta inclemência do tempo serve como arma de arremesso. Seguro quase culpa Costa das iras de S. Pedro. E se até Mário Soares apoia Costa, a família dividida deixa um contundente João Soares a idolatrar Seguro. Sinais […]

  • 11:36 | Terça-feira, 23 de Setembro de 2014
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Nesta guerra civil socialista que assolou o país como a chuva que cai de norte a sul, até esta inclemência do tempo serve como arma de arremesso. Seguro quase culpa Costa das iras de S. Pedro. E se até Mário Soares apoia Costa, a família dividida deixa um contundente João Soares a idolatrar Seguro. Sinais dos tempos que correm. As cisões “rosa” até pai e filho põem de costas.
Em Viseu, com uma conferência de imprensa a ser dada hoje por António Borges, a despedida da campanha do secretário-geral será feita em Resende, na próxima 4ª feira, com Borges e Ginestal a jogar o tudo ou nada numa dezena de autocarros a despejar simpatizantes para criar uma espécie de apoteose local, metáfora reduzida da escala nacional inalcançável. Por isso, Seguro fecha em Resende e seja qual for o resultado das eleições de 28 de Setembro, muita coisa vai mudar no fracturado partido Socialista português. Este tudo ou nada fratricida deixou vir ao de cima o excesso de “carreirismo” interno e permitiu perceber que o PS tem muita gente instalada que fez da política modo de vida e que sem ela não é ninguém.
 
Passos Coelho é um infeliz. Infeliz no desenterrar do caso Tecnoforma onde era um assalariado de Relvas e sabe-se lá mais de quem, a ganhar mil contos mensais (em finais de 90 era dinheiro…) no desempenho de funções privadas quando estava em benefício de exclusividade como deputado. Agora diz não se lembrar. Pois… a amnésia dá jeito. Mais, há uma rodilha com o fisco por recebimentos não declarados, etc. Um primeiro-ministro com um passado mal contado e ziguezagueante a mostrar um rosto de prevaricador falho de escrúpulos e moralmente muito criticável.
Passos Coelho é um infeliz com Paula da Cruz e Nuno Crato. Dois ministros que se tornaram o retrato da trapalhada, da ineficiência e de uma patética e cega teimosia de um governo perdido. A Justiça e a Educação pelas ruas da amargura por “inconseguimentos” de tutelas atarantadas. Passos é um infeliz quando, de forma chocarreira compara o que se passa no Ensino a uma “salsicha educativa” mostrando um cinismo e um desrespeito grave por todos os professores, pais e alunos.
Passos é um infeliz porque tudo lhe parece correr às avessas em termos de metas a atingir, depois dos inúmeros sacrifícios exigidos a todos os portugueses, que agora gostariam de ver sair deles um fio de esperança e vêem um novelo enrodilhado sem ponta à vista.
Passos é um infeliz porque é o responsável-mor de um governo a esboroar-se a cada dia que passa…
 
Almeida Henriques também parece não engolir a desconsideração de Ruas que se recusou a ser galardoado por suas mãos. Diz que o Viriato de Ouro era uma homenagem de Viseu, num jogo dialéctico retorcido de quem toma a nuvem por Juno, ou talvez Juno — ele próprio — pela nuvem. Situações infelizes…
 
Infeliz anda o Zé Povo, de bolsos vazios, esperança perdida, consciencializado que os políticos que elegeu são piores que a 8ª praga do Egipto… E nem escrevemos sobre o BES que esse será o 9º flagelo…
 

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