Esta lânguida preguiça…

  A “meteo”traz-nos à beira de um ataque de nervos. De um friozinho de tão fora de época inesperado a uma chuvinha de Abril-as-águas-mil que não caíram, até aos 34 graus diurnos e à sombra, tudo se sucede num rodopio como se houvesse um gigantesco desconserto qualquer, algures na máquina do tempo… Este fim-de-semana foi […]

  • 22:59 | Sábado, 14 de Junho de 2014
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A “meteo”traz-nos à beira de um ataque de nervos. De um friozinho de tão fora de época inesperado a uma chuvinha de Abril-as-águas-mil que não caíram, até aos 34 graus diurnos e à sombra, tudo se sucede num rodopio como se houvesse um gigantesco desconserto qualquer, algures na máquina do tempo…
Este fim-de-semana foi o da corrida ao mar. O próximo, logo se verá.
Difícil mesmo é chegar às praias mais próximas e voltar: Barra, Costa Nova, Vagueira… Pagar uma “pipa de massa” de portagens e “gasoil”, que o mesmo é dizer “Zé alivia a carteira de 40 euritos”.
Bem feitas as contas, 40 € é um número pequenino. Ainda se fossem 8 mil escudos…! É quanto se esportula para ir cheirar a maresia, encadernar a pele com aquele castanho caju de fazer inveja à vizinha e molhar o cós dos calções.
É muito para tão pouco?! Mas, como diz o Compadre Zacarias “Quem não tem chêta não tem vícios!”, e assim sendo, a alternativa é ficar por casa e dar um mergulho na banheira antes que a Senhora Câmara suba o preço da água…
 
Saiu um novo livro de Herberto Hélder. Poesia, é claro.
Como é bom hábito deste “nosso” octogenário poeta, as tiragens são muito reduzidas e a edição “é filha única”. Deste modo, exacerba-se o culto e mal se anuncia um título, os “fiéis” – que os há e muitos – acorrem à sua livraria do costume a fazer a atempada pré-reserva. Já tenho o meu. “A Morte Sem Mestre” e, a tarde de sábado, no descanso remansoso e fresco do lar, optando por não ir à praia cruzar-me com os viseenses do costume com quem me cruzo na Rua Direita e Rossio – a diferença é que por lá se despem mais – foi ficar na excelente companhia do poeta, poupei 20 € – vivemos o tempo das opções para tudo e para nada – não apanhei o alagostado escaldão com que a minha pele “brancola” sempre me presenteia e, daqui a nada, se a saudade tão marítima apertar, sempre posso ir ao canal Travel ver se aparece um Club Mediterranée por aí.
“Hoje apetece-me Creta, Ambrósio” –  parafraseando a Alexandra, colega de escritas e que hoje faz aninhos…

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