Em Vila Cova à Coelheira, com deleite…

    Hoje fui a Vila Nova de Paiva, a “Barrelas de um sino” e de António Malhada (o Malhadinhas) que deu ao seu auditório municipal o nome de um grande artista, Carlos Paredes, que nunca nada teve a ver com aquela vila. Bizarrias de autarcas. Antes isso do que Auditório Eddie Merckx… A vila […]

  • 19:35 | Segunda-feira, 27 de Julho de 2015
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Hoje fui a Vila Nova de Paiva, a “Barrelas de um sino” e de António Malhada (o Malhadinhas) que deu ao seu auditório municipal o nome de um grande artista, Carlos Paredes, que nunca nada teve a ver com aquela vila. Bizarrias de autarcas. Antes isso do que Auditório Eddie Merckx…
A vila outrora desempoeirada desfigura-se a empurrões de uma modernidade de gosto duvidoso, ancha em granito demasiado polido para a vetustez da sua História. Por isso mesmo e porque a estrada para Segões estava cortada e demorada (é sempre óptimo fazer as obras em Julho/Agosto para os bons emigrantes apreciarem o denodado esforço) rumei a Vila Cova à Coelheira, a extremar com Pendilhe, na fronteira com Castro Daire e deliciei-me com uma praia fluvial rés à estrada nacional, provavelmente obra de uma Junta de Freguesia atenta, onde o bom gosto dá mãos ao bom lazer e decerto proporcionará frescura nuns dias de canícula bem passados.
Desde as alpoldras a unir as duas margens do Paiva, aos lenteiros circundantes bem cuidados, com a vegetação barbeada e salpicada de aprazíveis espaços, em bom pinho, para repousar, até às estruturas de apoio em eterno granito ali nado, com várias limpas churrasqueiras, sanitários adequados e margens bem cuidadas.
Passei lá duas horas num ápice escoadas, a fruir a natureza não ofendida pela mão humana, antes afeiçoada com amor para deleite de todos.
Parabéns, Vila Cova à Coelheira. Local a revisitar durante a semana — imagino que ao fim de semana estará cheio — com tempo suficiente para dele tirar o possível gozo e bem-estar.
 
 
O governo terá retirado “indevidamente” 6,8 milhões de euros do IVA para financiar o seu magnífico e sumptuoso concurso “Factura da Sorte”.
Claro que este “indevidamente” é um bom eufemismo empregado para evitar escrever “roubar”. Por pressuposto, o Tribunal de Contas ao tornar pública esta denúncia, sabe muito bem do que está a falar…
Naturalmente que já ninguém se admira com estes “requebros carteiristas” de um governo neles pródigo, assim como genial nas ideias de dar Audis A6 a um povo de desempregados e indigentes. Ou então, os Audis A6 saem sempre a empresários do Vale do Ave, latifundiários ribatejanos ou jogadores de futebol.
O que nos atremouja um pouco é a ligeireza e leviandade destas malasartes adregadas a uma irresponsabilidade e inconsciência de quem sabe ficar sempre impune pelos seus actos.
Se alguma desta original cambada fosse consequentemente julgada por eles, o país não seria tão profícuo alvo das suas descabeladas e danosas atitudes.
 

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Publicado em Editorial