Do macro ao microcéfalo

  Passos Coelho habituou-nos a dizer uma coisa e fazer o seu contrário. Imagine o leitor um seu conhecido vezeiro neste comportamento. Como lhe chamaria? Que crédito lhe daria? Eu conheci um. Era o “Adolfinho-pêtas”. Com a proximidade das eleições legislativas, este governo Coelho/Portas “Em frente”, sobe de intensidade no crescendo das suas mentiras. Como […]

  • 12:14 | Sábado, 06 de Junho de 2015
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Passos Coelho habituou-nos a dizer uma coisa e fazer o seu contrário. Imagine o leitor um seu conhecido vezeiro neste comportamento. Como lhe chamaria? Que crédito lhe daria? Eu conheci um. Era o “Adolfinho-pêtas”.
Com a proximidade das eleições legislativas, este governo Coelho/Portas “Em frente”, sobe de intensidade no crescendo das suas mentiras. Como o fez há 4 anos para enganar o eleitorado português. O PSD/CDS foi eleito com base num conjunto de promessas que se revelaram no todo e na prática o contrário do prometido.
Agora, depois de todo o mal feito, de sucessivos e vergonhosos escândalos, após terem delapidado o país vendendo a retalho tudo o que valor tinha, foram a reciclar e, novinhos em folha, com a maior lata e desfaçatez, fiados na curta memória lusitana, aí estão eles, o duo maravilha, a vender de novo a banha da cobra por feiras e arraiais.
Maria Luís Albuquerque, num momento de desatenção, disse a verdade acerca do saque de 600 milhões aos pensionistas, reformados, aposentados.
As palavras são irreversíveis. Essa é a sua fatalidade.” (R. Barthes). Quanto não daria a ministra que tem a pasta das Finanças em suas mãos para as não ter proferido ou as ter podido engolir logo de imediato remetendo-as, de novo, ao  “armazém da falácia”?
Depois, vem Coelho dizer que “nim”, que tal passa “por consensos alargados”, e mais meia dúzia de desconchavos fedendo à patranha costumeira que coabita nele entremeada com a alucinação do real/virtual, com a banalização das inverdades e, caso patológico, com a crença despudorada em tudo quanto afirma, mesmo e se no dia anterior proferiu o seu contrário.
Se houvesse vergonha, a ela apelaríamos, na total ausência dela, só o voto consciente resolverá a tóxica nocividade da praga desta seita.
 
O PS continua com ferro&vieira, num “déjà vu de non-sense” a afastar os eleitores. Não haver consciência disso é viver num mundo irreal. Sem RIGOR.
 
Em Viseu, de súbito, o CDS descobriu a paixão pelo PSD e é vê-lo ( a 100 à hora) ao “roque e à amiga”, alves &companhia, de mãos dadas e peito ancho às balas por todo o canto do distrito onde tiverem como certo encontrar dois eleitores. Naturalmente por isso, Hélder Amaral esqueceu o seu compromisso eleitoral autárquico com Viseu. Felizmente tem no seu nº 2 da vereação – Vítor Duarte – quem em qualidade, verdade e coerência o supere. Também Junqueiro o esqueceu, descredibilizando-se completamente neste tardio sair de cena com alguma dignidade. Doravante, quando o CDS e o PS concorrerem às autárquicas, lembraremos os viseenses que o “sacrifício” é mera “pólvora seca” ou foguetório “à la mode d’almeida”: caro, efémero e de inócuo efeito.
 
No partido da rosa, António Borges, com seu porfiado jeito de elefante desastrado em loja de porcelana, habituado a nadar nas contra-correntes do Douro, continua a estilhaçar tudo que ainda está inteiro, iniciando finalmente a sua “política de proximidade” com os concelhos, num charme tardio e de “faz-de-conta”, com esgares iniludíveis do seu projecto indisfarçavelmente egocêntrico, procedido da procissão de meia dúzia de acólitos de cerviz vergada à putativa esmola da promessa da prebenda.
 
Viseu, em micro é o país em macro, com seu clímax na vinda de Dom Cavaco a “casa-do-xico-o-mais-esperto”, mostrar o valor da Raça no Dia de Portugal.

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