Deixai falar as calçadas…

  Aparece pelas redes sociais, com alguma frequência, uma rapaziada do PS a criticar alguns “desvarios” da CMV. “Que gastam onde não devem o dinheiro público”, que “requalificar é qualificarem-se”, que “as eternas obras do largo da feira franca são uma evidência do desnorte que os ataca”, que se “andam a fazer obras por ali […]

  • 10:29 | Domingo, 07 de Junho de 2015
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Aparece pelas redes sociais, com alguma frequência, uma rapaziada do PS a criticar alguns “desvarios” da CMV.
“Que gastam onde não devem o dinheiro público”, que “requalificar é qualificarem-se”, que “as eternas obras do largo da feira franca são uma evidência do desnorte que os ataca”, que se “andam a fazer obras por ali desde o presidente Vidal”, que “o mercado 2 de Maio isto & aquilo”, que… que… que…
Aclamamos o sentido e o espírito crítico bem como o pleno exercício da cidadania o mais amplamente interventivo, mas… quando esses comentadores pertencem às estruturas partidárias locais e alguns  são até autarcas, a questão é: nunca se lembraram de questionar os três vereadores eleitos pelo Partido Socialista para a câmara de Viseu?
Andarão eles em roda livre, desmotivados, cegos, surdos e mudos? Ninguém nas reuniões lhes dá cavaco? Serão uns meros verbos de encher que andaram a gastar dinheiro público do financiamento eleitoral aos partidos e a enganar os crédulos votantes que lhe concederam seu voto e preferência?
De facto, não há memória de tão medíocre vereação da oposição…
Tão pouco de tal compactuação/alheamento com os actos de um executivo em exercício — a ser a primeira é cumplicidade, a ser a segunda é incompetência.
Nem há lembrança de um tal estado de desgraça na Federação do PS Viseu…
É compreensível que o CDS/PP não “tuja nem muja” sabendo que o seu líder local concorre conjuntamente nas listas com o PSD às legislativas…
Aceita-se a brandura actual do aguerrido Hélder — e nem precisamos de pegar em entrevistas feitas aqui há uns tempos a um orgão de comunicação social local…
Agora ao PS, que tanto localmente como a nível de poder central é foco latente da mais vivaz oposição, como compreender-lhe esta postura?
Três vereadores a quem quase tudo passa ao lado, não será excesso de estranheza? Que legitimidade tem esta malta para no presente e no futuro se apresentar com um mínimo de credibilidade opositora ao que quer que seja?
Maus generais dão maus soldados. É sabido. Estes soldados mais parecem soldadinhos… e de chumbo. Bonitos para brincar, colocar numa vitrina ou num escaparate decorativo.
De resto… servem para as críticas subliminares dos seus correligionários no facebook e etc.
Com uma oposição destas até pode, AH y sus muchachos, arrancar dia sim, dia não todas as calçadas de Viseu para as voltar a calcetar ao 3º dia… sempre impulsionava a economia local e dava uma folgazinha às festarolas e ao tinto.
E por falar nisso, qual é a situação da extinta (?) Expovis e da dívida da AIRV a esta empresa?
Ou já não está extinta? E já não há dívida?
Se tudo isto não fosse trágico pareceria uma anedota de mau gosto. Assim, é apenas uma graçola consentida e com bizarros silêncios de permeio.

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Publicado em Editorial