Do Expresso ao stock-off…

      Tenho com gosto o 1º número do Expresso. Datado de 1973. Durante anos fui seu fiel leitor. Hoje, mais de quatro décadas volvidas, por hábito velho, ainda vou buscar o jornal ao sábado de manhã, à papelaria, e quando chego a casa atiro-o para cima do saco da semana anterior, por abrir. […]

  • 14:58 | Sexta-feira, 29 de Agosto de 2014
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Tenho com gosto o 1º número do Expresso. Datado de 1973. Durante anos fui seu fiel leitor. Hoje, mais de quatro décadas volvidas, por hábito velho, ainda vou buscar o jornal ao sábado de manhã, à papelaria, e quando chego a casa atiro-o para cima do saco da semana anterior, por abrir.
Anteontem, no facebook vi uma imagem de um par de sapatos de marca que me agradaram. Fotografia detalhada e de qualidade. Um terço do preço. Apesar de ser um artigo susceptível não resisti à tentação e à experiência. 24 horas depois, uma estafeta trouxe-mos à porta de casa. Paguei, deram-me o recibo legal e abri a encomenda. Exactamente o que eu queria…
Que tem o 1º parágrafo a ver com o 2º? Diga-me o leitor…
Os tempos mudam. As técnicas de marketing  também. O produto, hoje, quase nos persegue. Está ao alcance do clique do meu/seu desejo. Toda a informação do mundo. Qualquer par de sapatos. Um automóvel. O último e mais sofisticado tablet.  Aos milhares… neste imenso armazém global. Basta saber procurar. Uma netpub bem feita vale ouro.
A decisão está tomada… na era digital, rendo-me à evidência dos tempos. Esta é a minha derradeira semana do “papel”. Ademais, tal atitude até proveitos ecológicos comporta. E só os info-excluídos o ignoram ainda…

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Publicado em Editorial