Desenvolvimento sustentado?

      Andamos desde a década de 80 a falar periodicamente — estas coisas têm modas — de desenvolvimento sustentado. Afinal é o quê, o “Desenvolvimento Sustentado”? É dar/deixar às gerações futuras um ambiente igual ao recebido pelas gerações precedentes. O conceito é fácil e excelente, mas a sua operacionalização quase parece impossível. Alguns […]

  • 20:09 | Sexta-feira, 04 de Setembro de 2015
  • Ler em 2 minutos

 
 
 
Andamos desde a década de 80 a falar periodicamente — estas coisas têm modas — de desenvolvimento sustentado.
Afinal é o quê, o “Desenvolvimento Sustentado”? É dar/deixar às gerações futuras um ambiente igual ao recebido pelas gerações precedentes. O conceito é fácil e excelente, mas a sua operacionalização quase parece impossível.
Alguns números:
A nível global, desaparecem 17 milhões de hectares de floresta por ano. Ou seja, 4 vezes a dimensão de um país como a Suíça
São anualmente definitivamente erradicadas do planeta 6 mil espécies animais.
Há uma perda da biodiversidade a nível mundial aterradoramente galopante: estão hoje ameaçadas mais de 34% das espécies piscícolas, 25% dos mamíferos, 25% dos anfíbios, 20% dos répteis, 11% das aves e 12,5% de toda a flora…
… Além disso, o desaparecimento do manto vegetal acelera a erosão em milhões de hectares.
As grandes queimadas e os incêndios despejam para a atmosfera uma quantidade assustadora de gás carbónico (CO2). As árvores que absorviam esses excedentes já não existem, fazendo desta destruição da floresta a principal causa do efeito de estufa.
A desflorestação é a principal causa da destruição da biodiversidade e uma das maiores ameaças da humanidade.
Nos últimos 20 anos desapareceram mais de 30 milhões de quilómetros quadrados de floresta (o equivalente a 60 vezes a superfície da Espanha) e ao desaparecerem, tornaram esses territórios em autênticos desertos. O pior é que há mais 30 milhões ameaçados.
O problema em causa não tem apenas origem nos incêndios — que são o principal flagelo — mas também nos arroteamentos, nas culturas descontroladas em terrenos mais frágeis e no excesso de pastagens.
Há anos, o PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente), previa um investimento de mais de 120 mil milhões de euros numa acção à escala mundial para deter e inverter este ciclo maldito.
O que terá sido entretanto feito e gasto? Quais os resultados? 
 

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial