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Paulo Neto
Um estudo de Abril de 2021 pedido à Faculdade de Economia da Universidade do Porto pela Câmara Municipal de Viseu, fundamenta-se e segundo a introdução desses mesmo estudo no seguinte:
“A Câmara Municipal de Viseu pretende proceder a uma revisão dos regulamentos de estacionamento na cidade, o que implicará, também, uma alteração do valor das taxas atualmente em vigor.”
Esta medida, que decerto aguardará o passar das eleições para ser implementada, cairá lesivamente na carteira dos viseenses bem como outras medidas decorrentes do contrato a 30 anos com a multinacional espanhola Saba, para exploração do estacionamento da cidade.
Sobre este assunto pode ler o que a RD oportunamente escreveu, fazendo uma pesquisa sobre “estacionamento” e “saba”.
Mas se dúvidas houvesse, a conclusão do citado estudo dissipa-as de imediato. Citamos:
“Os ajustamentos realizados face aos valores apurados para o custo de referência visam privilegiar a utilização dos parques de estacionamento em detrimento do estacionamento em via pública e, dentro deste último, privilegiar as zonas mais periféricas em detrimento das mais centrais, com o objetivo de libertar o espaço público à superfície e reduzir os efeitos nocivos em termos ambientais decorrente de uma elevada ocupação do estacionamento na via pública, em particular nas zonas mais congestionadas da cidade.”
Lembramos que os acima referidos “parques de estacionamento” foram concessionados à Saba Portugal e à Egis Portugal, contra o pagamento de 3,25 milhões de euros, que já terão sido recebidos e gastos, e uma entrega trimestral de 25,75% sobre a receita global dos parquímetros.
Esta é uma das variadas medidas que o próximo ano trará, assim como a do aumento do custo da água de consumo para os valores anteriores à pandemia, geradores de tal polémica em Março de 2020 que levaram o executivo a uma apressada fuga para diante…
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