“Atirar o Governo pela janela!” (Morais Sarmento, ex-ministro do PSD)

  Que mais será preciso fazer/dizer para que todos os portugueses abram os olhos e vejam o que se passa por esse Portugal fora? Alexandre O’Neill , escreveu: “Ó Portugal, se fosses só três sílabas, linda vista para o mar, Minho verde, Algarve de cal, jerico rapando o espinhaço da terra, surdo e miudinho, moinho […]

  • 11:48 | Quarta-feira, 04 de Junho de 2014
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Que mais será preciso fazer/dizer para que todos os portugueses abram os olhos e vejam o que se passa por esse Portugal fora?
Alexandre O’Neill , escreveu:
“Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul…
(…)
Mas não, não são só três sílabas Por-tu-gal.
É um povo espoliado, triste, cabisbaixo a quem tiraram a dignidade, a esperança e o futuro.
Quando um ex-ministro peso-pesado do PSD vem sugerir “O que podemos fazer a seguir é atirar o Governo pela janela!”, falando aos microfones da RR e posto perante a alternativa de um novo aumento de impostos. Para a seguir, de modo taxativo rematar: “Acho que este Governo deve começar a pensar que, para o próximo ano, é capaz de ter outra ocupação que não a de ocupar o Governo de Portugal, porque chega a uma altura em que não se aguenta e eu sou apoiante do Governo.” Que devemos nós pensar se ainda dúvidas tivermos?
Destas palavras, deste Governo, deste Portugal sem tino, destino, rumo, só Fado e triste, um eco persiste…
chega a uma altura em que não se aguenta
chega a uma altura em que não se aguenta
chega a uma altura em que não se aguenta
chega a uma altura em que não se aguenta
chega a uma altura em que não se aguenta
chega a uma altura em que não se aguenta
chega a uma altura em que não se aguenta
 
E concluímos como começámos, com Alexandre O’Neill:
(…)
“Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós…”
 
 
 

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Publicado em Editorial