A Maria garantiu o seu futuro…

O acordo na reunião do Eurogrupo veio provar inequivocamente que o governo Português reprovou no serviço e lealdade aos portugueses, tendo recebido 20 valores no serviço prestado aos alemães, por quem, aliás, não foi eleito. Se serve quem não os elegeu em detrimento de quem os sufragou é um Judas Iscariote, vendido por 30 dinheiros. […]

  • 12:59 | Domingo, 22 de Fevereiro de 2015
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O acordo na reunião do Eurogrupo veio provar inequivocamente que o governo Português reprovou no serviço e lealdade aos portugueses, tendo recebido 20 valores no serviço prestado aos alemães, por quem, aliás, não foi eleito.
Se serve quem não os elegeu em detrimento de quem os sufragou é um Judas Iscariote, vendido por 30 dinheiros.
A Maria pode vir repetir à exaustão que não é aluna de Schäuble, que é colega. Face à diferença de idades um tem fraco Q.I. e o outro é dux veteranorum. Mais, um colega não se acocora perante outro colega…
Evidentemente que um sucesso grego é um insucesso para o governo português, este sim, excelente aluno da Alemanha, de quem sempre ouviu as doutorais lições, numa veneração profunda e sem quaisquer questionamentos, de espinhela dobrada e língua a lamber botas.
O governo português nunca esteve ao lado dos portugueses, e este é verdadeiramente o cerne da questão. Foi acrítico e subserviente.
Mas esta aparente acefalia serve, porém, para disfarçar o nó górdio da questão: e se afinal o governo tivesse feito tudo com o maior rigor numa aparente incompetência mas cirúrgica intervenção? Se este governo tivesse cumprido milimetricamente com todos os pressupostos que lhe foram exigidos pela Alemanha, pelo Eurogrupo, pelo BCE, pelo FMI e… mercados? Afinal quantos milhares de milhões todos eles lucraram com a traição portuguesa? Traição cometida contra os portugueses?
Está bom de ver que a “rapaziada” nunca podia apoiar a Grécia ou agir de forma análoga requerendo reestruturações da dívida ou reduções da austeridade. Porque ambas interessam sobremaneira aos princípios do capitalismo neo-liberal desenfreado e porque, quantos mais portugueses estiveram na miséria, mais arquimilionários emergem cevados da sua desgraça.
Até Marques Mendes criticou a Maria. Só faltou chamar-lhe “ligeirinha”… “Maria Luís Albuquerque esteve mal e cometeu dois erros. Não deveria ter ido a Berlim na véspera de um importante acordo europeu, sujeitou-se à imagem pública de Portugal ter sido utilizado pela Alemanha contra a Grécia e ao fim da reunião do Eurogrupo deveria ter dado uma conferência de imprensa a dizer que estava satisfeita com o acordo. A Irlanda também é um caso de sucesso mas nunca se sujeitou a ser um caso de seguidismo da Alemanha.”
Também o ex-ministro social-democrata Silva Peneda, actual presidente do Conselho Económico e Social, foi lapidar: “Um pequeno país como Portugal, por muito que nos custe, não é decisivo e só se afirma se estiver ao lado daqueles que buscam aquilo que foi o espírito europeu. Se eu fosse o responsável português teria mostrado que estava do lado da busca de um compromisso com os gregos.”
A oposição socialista ouviu-se na voz de Isabel Moreira ao referir: “Maria Luís Albuquerque fez de troféu da Alemanha” e ao escrever: ” Maria Luís Albuquerque está politicamente morta.
Mas porém Isabel Moreira engana-se parcialmente, porque a Maria, ao fazer de “troféu da Alemanha“, garantiu a sua vida pessoal no amanhã perante as incertezas políticas futuras de Portugal. Vai uma aposta?

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Publicado em Editorial