Pelo distrito, com música ou a caminhar…

  I. Sernancelhe há muito que nos deixou de surpreender com a qualidade de espectáculos que oferece numa sistematicidade e variedade sem fim. Ontem foi um Concerto de Primavera organizado pelo pianista da terra oriundo, o internacional André Cardoso, que acompanhou a mezzo-soprano russa Maria Kondrashkova em cantatas de Schumann e Schubert e a pianista […]

  • 20:30 | Sábado, 22 de Março de 2014
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I.
Sernancelhe há muito que nos deixou de surpreender com a qualidade de espectáculos que oferece numa sistematicidade e variedade sem fim.
Ontem foi um Concerto de Primavera organizado pelo pianista da terra oriundo, o internacional André Cardoso, que acompanhou a mezzo-soprano russa Maria Kondrashkova em cantatas de Schumann e Schubert e a pianista Ana Marques que entre outros compositores, executou peças de Chopin, Ravel, Debussy… Olímpio Alves teve a seu cargo os efeitos multimédia.
O auditório encheu nos seus 140 lugares sentados e tinhas as galerias também repletas de público.
Aqui não se pratica uma cultura artificiosa e pedante para “aristocracias” ou elites sectoriais. Aqui a Cultura é proporcionada ao “povo” que a consome imoderadamente como hoje consumiu os 500 concertinistas reunidos no multi-usos local.
Os cento e poucos quilómetros fazem-se com agrado na certeza da qualidade do retorno e da afabilidade do excelente acolhimento beirão proporcionado.
II.
Só custam mesmo a fazer os 20 quilómetros que ligam Viseu ao Sátão, na EN 229. Se tivermos o infortúnio de encontrar um TIR carregado, a 20 à hora, ali vamos pasmados como a lesma, pois é fácil que nas três possíveis rectas onde podemos ultrapassar venham veículos em sentido contrário. A EP não tem dinheiro para uma via alternativa, então, de uma forma polémica, pinta traços contínuos, põe limitações de velocidade a 40 e 50 por todo o lado e semáforos sem utilidade, antes pelo contrário, como os de Brufe – Casal de Esporão. A seguir, a BT com os radares faz a “revolução das mentalidades”.
O ministro Miguel Macedo quer fazer de Portugal um país sem sinistralidade rodoviária. Clap, clap, clap! Tanto melhor se de uma cajadada matar dois coelhos e encher os cofres do erário público. Mas há então outras medidas… por exemplo, o custo das portagens nas ex-scuts. E também melhor seria que o parque automóvel não fosse dos mais envelhecidos da Europa, por efeito dos desmesurados e plurais impostos sobre veículos que chegam a duplicar de preço, tornando-os inacessíveis aos automobilistas que circulam em carros com uma média de 11 anos de idade… e uma segurança muito diminuída. Demagogia a metro.
III.
A Radial de Santiago é um dos locais aprazíveis da cidade de Viseu. Bem arranjada, com excelente manutenção, a CM fez daquele ponto um aprazível “centro” de desporto, com máquinas específicas para exercícios, painéis indicadores de metragem, batimentos cardíacos, metros/segundo, etc. Com a vantagem de ter boas instalações sanitárias, um café/esplanada e imensos lugares para estacionar. Além do mais, em espaço de visibilidade aberta não há os receios que tornam o Fontelo mais limitador e menos acolhedor. Acresce que, da última vez que por lá andámos, aquele “território” encontrava-se num estado de incúria constrangedor.
A título de exemplo, hoje, junto ao Vale do Vouga, na Fraga, concelho de Sátão, encontrámos percursos pedonais exemplarmente limpos e assinalados, num convite expresso ao seu confortável uso e disfrute, nesta Primavera que já deu cor à natureza mas que só traz o calor por intermitências bizarras. Moimenta da Beira tem o mesmo cuidado e ainda agora propõe mais um passeio de 4,5 Kms pelas margens do Paiva, em Ariz, guiado por profissional competente. Penedono idem, com a Beselga sempre activa. Sernancelhe aposta há anos nesses circuitos, BTT e pedestres na Rota dos Castanheiros e tantas outras. Mangualde tem periodicamente passeios acompanhados por guias muito bem preparados. Outros haverá que eu não conheço e não refiro, desculpando-me por essa omissão. Sem esquecer que Viseu, Tondela e Santa Comba Dão têm a Ecopista, que é proposta aliciante e um “valor seguro”.
 

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Publicado em Editorial