262 empresas por dia…

  94.382 acções judiciais nos últimos 12 meses em empresas sedeadas em Portugal. 7.865 por mês. 262 por dia. À data de Março deste ano, 17,48% das acções correspondiam a empresas da área da construção; 32,73% das acções correspondiam ao distrito Lisboa; 54,18 das acções eram de sociedades por quotas. Isso prova inquestionavelmente o estado […]

  • 15:00 | Quinta-feira, 10 de Abril de 2014
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94.382 acções judiciais nos últimos 12 meses em empresas sedeadas em Portugal.
7.865 por mês. 262 por dia.
À data de Março deste ano, 17,48% das acções correspondiam a empresas da área da construção; 32,73% das acções correspondiam ao distrito Lisboa; 54,18 das acções eram de sociedades por quotas.
Isso prova inquestionavelmente o estado do mercado. Vivemos num país falido, gerido por oportunistas sem escrúpulos, a soldo sabe-se lá bem de quem, com uma política de destruição das pequenas e médias empresas, para deixar tudo no regaço das grandes empresas e dos grandes grupos nacionais, internacionais e globais, alguns dos quais com sede em paraísos fiscais, de origem absolutamente duvidosa e com capitais oriundos do mundo do crime planetário.
A vergonha, que não é nenhuma – a um mês das eleições europeias – leva o primeiro-ministro a falar no aumento do salário mínimo nacional, há anos congelado e um dos mais baixos da Europa.
A intenção é boa. O momento é péssimo, o oportunismo é boçal.
É legítimo pensar-se que a política deste governo é semelhante à da extorsão pura e simples, para fazer face às três eleições anunciadas: europeias, presidenciais, legislativas.
Um mês antes, depois de todas as malfeitorias feitas, alivia-se o garrote a este povo exangue, asfixiado e condenado à má-fé desta governança.
Tenhamo-lo todos bem presentes no momento do “prémio laranja e do prémio limão”…
 
 

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Publicado em Editorial