CAPÍTULO XXXIV
A páginas tantas, na acusação podemos ler:
E como foram “angariadas”, ao longo do tempo, essas quantias?
– “no ano de 2008, levantou ao balcão, dinheiro de cheques emitidos pela sociedade Ecobeirão, no montante de 80.000,00 €, quantia de que se apoderou, dando-lhe o destino que quis, como se fosse seu proprietário” …
– “idem em 2009, levantou 90.000,00 €, quantia da qual se apropriou, tendo parte dela sido utilizada para, no mesmo ano de 2009, o arguido efetuar um depósito de 103.719,86 € na conta n.º PT50 x?x2x?x4 por si titulada, dando ao restante o destino que quis como se fosse seu proprietário” …
-“idem, idem em 2010, o arguido levantou cheques emitidos pelo CA da Ecobeirão, no montante de 110.000,00 €,
-“idem, idem, idem em 2011 – 130.000,00 €,
A serem comprovadas estas e outras irregularidades, apontadas pela acusação, seria impressionante a balbúrdia que reinava na Associação, para permitir tanta leviandade, irresponsabilidade e descontrolo de quantias públicas.
Mas há mais acusações, umas que atingem “pessoal menor” é certo, porque serão meramente administrativas e de responsabilidade terceira, digamos até que atendíveis pelos motivos. Mas há outras que são uma miserável disseminação da não menos miserável “fraternidade” e da “família” que terá vingado na Associação. De pais para filhos, de amigos para amigos. Pegou moda aquilo de viajar em viatura da “casa”, meter gasóleo com cartão Galp Frota e fazer refeições à conta. Foram rápidos certos aprendizes…
Fica em estágio para o episódio que se segue, já chega de “violência” por hoje …
(CONTINUA)