O “nim” do PS na votação do orçamento da Câmara de Viseu

      A votação do Orçamento da Câmara Municipal de Viseu começa a mostrar os bons resultados das políticas colaterais empreendidas por aqueles que no PSD têm a função “diplomática” e por aqueles que na oposição são permeáveis à sua teoria e prática. José Junqueiro, líder da oposição do PS esteve ausente por se […]

  • 12:32 | Sábado, 19 de Abril de 2014
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A votação do Orçamento da Câmara Municipal de Viseu começa a mostrar os bons resultados das políticas colaterais empreendidas por aqueles que no PSD têm a função “diplomática” e por aqueles que na oposição são permeáveis à sua teoria e prática.
José Junqueiro, líder da oposição do PS esteve ausente por se encontrar hospitalizado. Em reunião prévia foi ponderado e após análise do Orçamento proposto, votar contra.
João Paulo Rebelo, o nº 2, circunstancialmente içado a nº 1 discordou frontalmente de 4 ou 5 pontuais itens, a saber: aumento de impostos de 4,38% cobrados aos viseenses por comparação com o ano anterior – o que pode provar duas coisas: a política eleitoralista de 2013 (tão denunciada pelo PS) e a política despesista para 2014. Também as receitas de capital e respectiva taxa de execução desagradaram muito aos socialistas por serem inferiores ao que estava orçamentado, em 45%. Houve um manifesto desagrado com a despesa de capital, cuja taxa inferior a 50% quer simplesmente dizer que se gastaram apenas e em obra 13,9 milhões dos previstos 28 milhões. O líder pontual da oposição esteve ainda em total desacordo com uma asserção constante do relatório:” Porque as despesas correntes baixaram, significa que houve um reforço na poupança corrente.” Ora o que isto quer dizer, segundo o citado é que “não se gastou tanto dinheiro, mas o que aconteceu foi que se arrecadou muito mais dinheiro”, (…) o que, conclui, “a chamada poupança corrente decorre muito mais do que se cobrou a mais do que propriamente do que se deixou de gastar.” Outra irregularidade denunciada prendeu-se com a não ratificação das contas, idas a votação, sem o parecer do ROC.
Perante tantas incongruências assim desmascaradas e criticadas, o Partido Socialista fez o que deveria ter feito, com coesão e coerência: Votou contra o Orçamento.
Não, enganem-se os que esperavam tal desfecho… Após todas e tantas e tão pertinentes considerações… o Partido Socialista absteve-se. Sim, absteve-se. Ou seja, esteve bem na construção argumentativa, só se enganou na conclusão…
Afinal, ou a montanha pariu um rato ou o exercício de musculação feito por João Paulo Rebelo foi um mero aquecimento “pour épater le bourgeois”.
Sempre tivemos uma opinião muito crítica face a quem está contra e se abstém. Mas aqui até percebemos a posição da jovem vedeta. Não há-de ser fácil estar com gregos e troianos e nesta posição de mediador”,  tentar equilibrar-se no meio da ponte, em bicos de pés. Rebelo foi coerente.
Estranhamente ainda, o Orçamento proposto pelo executivo e aprovado, apresentando um reforço de 10.035.999,00 de euros, esteve isento de parecer do revisor oficial de contas. Por dele discordar? Por não lhe ter sido pedido parecer? Ou porque Almeida Henriques não precisa disso para nada? (Não vale usar tripla…!).
Quanto ao CDS/PP, também oposição ao executivo laranja, por ausência de Hélder Amaral, foi representado por Vítor Duarte, que votou a favor.

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